O Eppar (Estabelecimento Penal de Paranaíba), que hoje abriga 340 internos aproximadamente, passou a contar com um moderno sistema de monitoramento feito por 30 câmeras compartilhadas com a Polícia Militar, informou o diretor do estabelecimento, José Ronaldo da Silva.
Segundo ele, as câmeras são exclusivas da Agepem (Agência Estadual de Administração Penitenciária) monitoram o pátio externo e o lado de fora do presídio com imagens geradas e reproduzidas em monitores da PM. “Um grande anseio das equipes de plantão e das pessoas que trabalham aqui dentro era que esse vídeo monitoramento fosse realizado, o que facilitaria muito o desenvolvimento dos trabalhos”, disse do diretor.
Sobre a possível utilização de internet e redes sociais por parte de alguns internos, e sobre o print – registro fotográfico – de um comentário feito por um interno em uma postagem de uma das reuniões feita pelo pastor evangélico Paulo Lima e que foi compartilhado por usuários do aplicativo Whatsapp, o diretor disse que, em interrogatório, o interno revelou que sua mulher administra sua conta em uma rede social, na casa da família.
Segundo o diretor, o interno envolvido na situação tem bom comportamento, mas foi advertido.
RESSOCIALIZAÇÃO
Sobre sua gestão no estabelecimento, que se iniciou em fevereiro deste ano, o diretor disse que além de trabalhos de ressocialização realizados pelo Estado, com cursos profissionalizantes que em breve serão ministrados – eletrecista residencial, salgadeiro e serralheiro – e parcerias de mão de obra com fábricas de tijolos ecológicos e componentes para tomadas, o EPPAR recebe periodicamente equipes de voluntários e religiosos de igrejas católicas, evangélicas e instituições espíritas, que reservam um pouco do seu tempo para levar uma palavra de conforto e desenvolver programas de acompanhamento espiritual aos internos do estabelecimento.
Segundo José Ronaldo da Silva, esses trabalhos são de "extrema importância para que o interno possa refletir sobre sua vida e como será a sua jornada após o cumprimento da pena".
Destacou o trabalho realizado por Paulo Lima, líder do movimento “Heróis da Fé”, que há 11 anos faz reuniões semanais no estabelecimento. Nas reuniões, o pastor e sua equipe oram, entoam cânticos religiosos e fazem a pregação do evangelho. As reuniões são sempre marcadas por testemunhos de vida e forte emoção.
Segundo Paulo Lima, seu trabalho é desenvolvido sem ajuda financeira ou apoio do poder público, e conta apenas com a ajuda de alguns de seus seguidores e voluntários que o acompanham nas ações realizadas no presídio.
Segundo José Paulo, a grande maioria dos atuais detentos foi presa por envolvimento com tráfico de drogas. O estabelecimento também abriga pessoas oriundas dos estados de Goiás, São Paulo e Minas Gerais.