A pandemia de covid-19 trouxe um novo panorama para a saúde mundial e desafios foram impostos a todos que trabalham na área. Diante disso, o Jornal CBN Campo Grande conversou nesta quinta-feira (9) com Maurício Simões Corrêa, superintendente da Unimed local, e com Silvana Mendonça Demeis, recém eleita diretora clínica do Hospital Unimed.
Um dos assuntos comentados foi a nova UTI (Unidade de Tratamento Intensiva) da Unimed Campo Grande, que terá atendimento tanto neonatal quanto pediátrico. A previsão é que o prédio fique pronto em agosto e tudo entre em funcionamento em setembro. Contudo, a entrevista também foi marcada com explicações sobre o atendimento na pandemia.
"Hoje estamos vivendo um momento que já era esperado", explica Maurício ao comentar o aumento de casos de covid e de pessoas com sintomas respiratórios, por causa da chegada do outono, além de outras doenças. "Na semana passada, 30% dos exames colhidos eram positivos para covid. De 10 pacientes com quadro, três com covid. Há outras viroses".
Ele endossa a fala completando que houve uma mudança no comportamento dos pacientes. "Durante dois anos as pessoas se habituaram a usar exclusivamente o pronto-atendimento, e hoje o reflexo é que 70% dos atendimentos são classificados como verde", diz, continuando.
"Você tem sintoma, quer ser atendido, mas não precisava estar ali, pois o local é designado para atender urgência e emergência. Por isso ocorrem as demoras e o represamento. Voltem a procurar seus médicos que os assistiam até antes da pandema, e deixem pronto-socorro para situações realmente de urgência e emergência", clama.
Silvana segue na mesma linha. "Hoje existe um temor que uma doença gripal seja covid e possa dar uma repercussão grave na saúde da pessoa. As pessoas vão ao pronto-socorro pois estão alarmadas. Entendemos isso, mas é nossa obrigação também trazer a informação para essa população e dizer que essa procura precoce traz esse represamento".
Confira a entrevista na íntegra: