Investimentos em drenagem e a destinação correta dos resíduos sólidos são os grandes desafios do município de Três Lagoas. Conseguir melhorar a infraestrutura urbana para resolver os problemas da falta de sistema de captação de águas pluviais que provocam alagamentos em ruas da cidade, é uma das ações previstas no Plano Municipal de Saneamento Básico de Três Lagoas, que passa por revisão.
Além disso, dar a destinação correta aos resíduos sólidos, como aumentar o número de lixo reciclável, também está entre os desafios previstos no Plano de Saneamento, um instrumento de planejamento que se inicia por um diagnóstico sobre a situação atual dos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana no município.
O Plano de Saneamento Básico de Três Lagoas foi elaborado em 2014 e pela legislação deve ser revisado a cada dez anos. Mas, com base na revisão da política nacional de saneamento, a prefeitura decidiu iniciar a revisão antes de completar os dez anos diante de alguns desafios e ações já iniciadas no município, a administração municipal decidiu antecipar as discussões.
A revisão do Plano é feita pela empresa Houer Consultoria, contratada pela prefeitura para esse serviço. Nesta semana, foi realizada audiência pública para apresentação das ações executadas no Plano elaborado em 2014 e das metas previstas para os próximos anos.
Segundo o Mário César Junqueira, engenheiro ambiental e civil da empresa, o diagnóstico servirá de base para a elaboração de um planejamento e desenvolvimento de ações, a fim de organizar e estruturar esses sistemas, para posteriormente levantar um orçamento para a execução das melhorias desses serviços no município.
As sugestões apresentadas na audiência, de acordo com o engenheiro, serão inseridas no Plano, que ainda está aberto para receber novas demandas da população nos próximos 15 dias, através do Portal da Prefeitura de Três Lagoas.
De acordo com André Melo, engenheiro ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, o objetivo do Plano é que toda a população do município, seja área rural oi urbana, seja contemplada com quatro serviços públicos: abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário, coleta e tratamento adequado dos resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais.
DESAFIOS
Segundo Melo, o grande desafio em relação as drenagens é conseguir viabilizar recursos para a execução das obras que têm custo elevado. “O maior desafio é o custo do valor do volume de investimento para ser efetivo. Para conseguir esse dinheiro é mais difícil, inclusive dos órgãos financiadores internacionais, sem ter um planejamento adequado nesta linha. A revisão desse Plano contempla essas etapas futuras para efetivar e resolver o problema de drenagem no município”, destacou.
Em relação a coleta de resíduos, André Melo, destaca que o maior desafio é a conscientização da população para separar adequadamente o lixo. “Além disso, tem ainda a questão da estruturação da iniciativa privada, do cooperativismo, das associações de reciclagem para aumentar a coleta de reciclagem. A ideia é que os materiais sejam melhores aproveitados e isso gere renda para a população”, destacou.