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Duas pessoas mortas e cinco presas por envolvimento no 'Tribunal do Crime'

Investigações continuam para saber de onde partiu a ordem para execução, e a Polícia Civil não descarta o envolvimento de outras pessoas no crime

Local > Corpos foram encontrados no dia 9 de outubro em uma plantação de eucalipto na saída para Brasilândia - Reprodução/TVC
Local > Corpos foram encontrados no dia 9 de outubro em uma plantação de eucalipto na saída para Brasilândia - Reprodução/TVC

Em Três Lagoas, duas pessoas morreram julgadas pelo ‘Tribunal do Crime’ e cinco foram presas como autores e integrantes de uma facção criminosa que comanda vários crimes dentro e fora dos presídios. A primeira fase do inquérito que está sob a responsabilidade da 3ª Delegacia de Polícia Civil está concluída.
De acordo com o delegado ,Ailton Pereira, do SIG (Serviço de Investigações Gerais), que comandou as investigações, as diligências ainda prosseguem por conta da suspeita de mais pessoas envolvidas neste crime que ganhou repercussão em Três Lagoas.

Por causa de uma postagem nas redes sociais em que um dos envolvidos fazia apologia a facção rival, as vítimas teriam sido atraídos para uma suposta festa, na semana passada, onde foram rendidas e mantidas em cárcere privado, no bairro São João, em Três Lagoas.

Segundo o delegado titular do SIG, às vítimas vieram da Bahia, onde lá eram procurados pela Justiça. “ Os dois homens tinham passagem criminal, mas isso não evidencia que eles pertenciam a facção criminosa carioca”, explicou delegado.

Os corpos foram encontrados queimados no sábado (9), numa região de plantação de eucalipto, na saída para Brasilândia, na zona rural de Três Lagoas.
Durante as investigações comandadas pelo SIG, cinco pessoas foram presas e todas confessaram pertencer a facção paulista. “As investigações ainda continuam pois precisamos saber de onde partiu a ordem para executar esses homens, ou se foi uma emboscada de uma terceira pessoa”, explicou o titular do SIG.

As vítimas foram mantidas em cárcere privado por três dias onde foram torturadas. A residência onde estava instalada o ‘Tribunal do Crime’, fica no bairro São João e só foi desmantelada quando uma das vítimas conseguiu fugir e pedir socorro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento). 

Os policiais militares da Força Tática do 2º BPM (Batalhão de Polícia Militar), fizeram a primeira investida contra os criminosos a partir da fuga da vítima.  No local, os policiais encontraram várias manchas de sangue.

Diante das informações dessa vítima que conseguiu escapar do cárcere, foram  iniciadas as buscas para identificar os autores e onde estariam as outras duas vítimas. Assim que os agentes do SIG iniciaram as diligências os autores iam sendo presos, um a  um.

“Essa é a primeira vez que uma rixa entre facções acontece em nossa cidade, por isso, vamos continuar as diligências até colocar todos os envolvidos atrás das grades”, adiantou o delegado do Sig, Ailton Pereira.