Ações da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal resultaram na apreensão de mais de duas toneladas de drogas neste ano. Conforme balanço da Polícia Federal, de janeiro a julho, foram encaminhados para a Delegacia da Polícia Federal de Três Lagoas, o equivalente a 1.828 quilos de maconha, 110 quilos de cocaína e 15 quilos de crack. No balanço, não estão incluídos os 55 quilos de maconha, apreendidos pela PF no Jardim Alvorada depois que o carro que fazia o transporte pegou fogo. O caso foi registrado no começo do mês e o condutor conseguiu fugir.
Entretanto, a apreensão mais recente foi registrada na manhã de ontem, quando policiais federais de Três Lagoas interceptaram um carregamento de 45 quilos de cocaína na BR-262. Conforme informações da Polícia Federal, a apreensão foi realizada por volta das 9h, durante ação de rotina dos policiais no km 21 da rodovia. A droga estava escondida no tanque de combustíveis de um veículo Gran Blazer, com placas de Campo Grande. Ao todo, foram apreendidos 40 tabletes de maconha. O condutor do veículo, preso na operação, foi identificado como Alex Garcia Martins , 37 anos. Aos policiais, ele teria confessado que receberia R$ 500 por cada tablete transportado. Porém, não informou onde pegou ou qual seria o destino da droga.
Ainda segundo a PF, o suspeito foi autuado em flagrante e encaminhado ao Presídio de Segurança Média de Três Lagoas. Ele possui passagens pela polícia por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
RODOVIAS
Assim como o tráfico de ontem, boa parte das apreensões realizadas pelas duas polícias aconteceu nas rodovias que contam o município e teria como principais destinos cidades dos estados de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, como explicou o delegado da PF, Daniel Coraça.
De acordo com ele, neste ano, houve aumento em comparação ao índice de apreensões registrados no mesmo período do ano passado. Entretanto,não há um motivo específico para o crescimento. “Esse aumento não quer dizer, necessariamente, que o tráfico de drogas também cresceu. Pode ser que investimentos nas polícias, remanejamento de pessoal, aumento de efetivo ou novas ações, também tenham interferido no resultado”, explicou.
O delegado explicou ainda que, embora o aumento tenha ocorrido neste ano, Três Lagoas nunca deixou de ser rota do tráfico de drogas, como também não deixou de ser ponto de consumo. “Uma afirmação não anula a outra. Três Lagoas é tanto ponto de consumo como rota do tráfico”, destacou.
Sobre os suspeitos presos até o momento, conforme Coraça, na maioria, são pessoas contratadas para fazer o transporte da droga. O que, lembra, não reduz o crime de tráfico de drogas. “É raro você ver o verdadeiro traficante transportando a droga, mas acontece. Agora, independentemente de ser o dono, ou não, quando preso, ele responderá pelo crime de tráfico de drogas”, reforçou.
ANO PASSADO
Para se ter uma base, em maio desse ano, a Polícia Federal realizou a incineração de parte das drogas apreendidas de 2011 a 2012. Ao todo, foi destruído nos fornos de uma indústria da cidade o equivalente a 500 quilos de maconha, 4,2 quilos de crack e 141,9 de cocaína. As drogas são resultado de 18 apreensões realizadas pela Polícia Federal cuja incineração foi autorizada pela Justiça.
