Na última quinta-feira (07) o Instituto Butantan divulgou vídeo com a reação de diretores do Instituto ao receber a informação sobre a eficácia da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
De acordo com o cientista e diretor de ensaios clínicos do Butantan, Ricardo Palácios, a eficácia da vacina para casos leves é de 78%, e de 100% para casos moderados e graves. Dos 12.476 profissionais de saúde voluntários, 218 contraíram a covid-19, porém nenhum deles precisou de internação e todos se recuperaram.
O resultado positivo foi comemorado pelos demais diretores do Butantan, e claro, pela população. Nas redes sociais os “memes” tomaram conta do feed com mensagens felizes e ansiosas pelo início da vacinação. Um internauta ainda brincou com o próprio Instituto Butantan, afirmando estar pronto para receber a vacina.
Benefícios além da eficácia
Para além da porcentagem de eficácia apresentada pelo Instituto, a CoronaVac está entre uma das vacinas mais rentáveis para Mato Grosso do Sul, juntamente com a Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fiocruz. Isso porque são armazenadas entre 4°C e 8°C, não exigindo que o Estado adquira novos equipamentos para armazenar a vacina.
Segundo o médico infectologista, Julio Croda, o Brasil possui mais de 38 mil salas de vacinas preparadas para receber as vacinas e iniciar o processo de vacinação. “Em Mato Grosso do Sul todos os municípios possuem sala de vacina preparadas para receber uma das duas vacinas. Então é a vacina mais adequada para a nossa infraestrutura”, complementou Croda.
Croda disse ainda que a expectativa é de iniciar a vacinação o mais rápido possível, começando pelo grupo de risco (pessoas maiores de 60 anos e pessoas com comorbidades), para tirar Mato Grosso do Sul do estado crítico atual.
“Com taxa de ocupação de UTI acima de 80%, em muitos dias ultrapassando 100%. E só com a vacina, principalmente para essa população de maior risco para internação e óbito, nós iremos fazer essa inflexão da curva. Então é super importante que a gente inicie o mais rápido possível”, explicou o infectologista e Pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz.