Em discussão há mais de 10 anos, a Estação Aduaneira do Interior, o porto seco, de Três Lagoas, pode ser autorizado pela Receita Federal ainda no primeiro semestre deste ano. Em entrevista à rádio CBN Campo Grande, emissora integrante do Grupo RCN de Comunicação, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, disse que a Prefeitura de Três Lagoas e o governo do Estado definiram a área, após o processo de revisão do Plano Diretor.
Com o local definido e o Estudo de Viabilidade Técnico- Econômica e Ambiental de reformulado, a Receita Federal deverá publicar o edital de licitação com o intuito de que haja empresa interessada em instalar e operar o porto seco em Três Lagoas.
A Estação Aduaneira do Interior deve ser instalada em uma área de seis hectares na Fazenda Rodeio em Três Lagoas, que será doada para a Receita Federal. O proprietário da área já assinou documento com o Município e Estado, se dispondo a fazer doação do terreno, mas aguarda a licitação do projeto para concretizar o processo de doação.
No início das discussões sobre a implantação do projeto em Três Lagoas, uma área no Distrito Industrial, localizado no entroncamento das BR-262 e 158, próximo a Usina de Jupiá, havia sido indicada, mas depois se definiu por outra, na saída de Três Lagoas para Campo Grande.
O Estudo de Viabilidade Técnico- Econômica mostra que o local indicado é propício para a instalação do projeto, já que fica próximo a BR-262. Além disso, o contorno rodoviário em construção passará pelo local, interligando a BR-262 até a BR-158. Portanto, o local seria estratégico para empresas instaladas no Distrito Industrial, que ficam próximo a saída para o Estado de São Paulo, na BR- 262, bem como para Suzano e UFN 3, na BR-158, sentido Brasilândia.
O porto seco é considerado importante e necessário para o desembaraço e escoamento da produção industrial do município. No entanto, Verruck, destacou que a instalação depende de outros fatores também. “O porto seco de Três Lagoas depende de outras estruturas, como a questão da Malha Oeste, que agora retornou para a Rumo. Existe um grupo de estudo do Ministério dos Transportes para definir quais os investimentos necessários para a Malha Oeste. O porto seco será um entroncamento rodoferroviário, então acreditamos que neste ano o porto seco será licitado”, disse o secretário.