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Editorial

Educação mais eficiente

Leia o editorial do Jornal do Povo, deste sábado (14)

Leia o editorial do Jornal do Povo, deste sábado (14) - Divulgação
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Na atualidade, empreendedores em quaisquer setores da atividade de saída se deparam com uma tremenda dificuldade na hora de contratar seus colaboradores. A falta de mão de obra qualificada é a tormenta que sobressalta o empresariado em geral, seja para o comércio, indústria ou no setor de prestação de serviços. A pandemia do vírus Covid-19 afastou uma legião de estudantes das escolas de ensino do segundo grau e até hoje ultrapassa em pouco mais de 38% o índice daqueles que não voltaram e deveriam estar frequentando salas de aula.

Esse índice de evasão escolar indica milhões de jovens fora dos estabelecimentos de ensino. E por conta dessa situação, até se cunhou uma frase de triste efeito, que retrata o estado de letargia que se encontram esses jovens fora da escola. Trata-se da “geração nem… nem, aquela que nem estuda e nem trabalha”. Lamentável essa definição em um país jovem como o nosso, mas que retrata a realidade do universo do ensino médio e emperra o acesso ao conhecimento.

É preciso preparar o jovem para o universo da atividade do trabalho, que alavanca o ser humano para galgar na vida novos caminhos e amealhar suas conquistas. Enfim, impõe se tornar a escola pública atraente para a juventude, que além de estudar, português, matemática, história, educação moral e cívica – um dos pilares da formação da cidadania, entre outras matérias, também estudará objetivamente aquelas que contribuam diretamente para o crescimento e aperfeiçoamento da sua vocação natural. Simultaneamente a adoção dessas medidas de estímulo, há de se apressar a implantação da escola em período integral, de modo que o jovem estudante passe oito horas no ambiente de aprendizado, uma vez que educadores de vanguarda recomendam a adoção para estudos diários, considerando-se que quatro horas é um período muito exíguo para estudo e ministrar matérias para uma boa formação básica.

A discussão pela adoção de medidas governamentais para a educação do ensino médio arrasta-se há anos em um debate inconclusivo sobre o ensino médio novo e o velho, que visa estabelecer uma grade escolar que efetivamente consolide a sólida formação básica do aluno, além de prepará-lo para a sua profissionalização em qualquer setor que opte atuar no futuro breve. Esse debate que implica na reforma escolar adequada e de acordo com a realidade das escolas brasileiras, passa simultaneamente pela melhoria da estrutura física das escolas e pela boa formação de professores, os quais ajustados à nova conduta pedagógica deverão estar capacitados para contribuírem efetivamente na boa formação da nossa juventude.

Como consequência, permitir-se-á aos alunos a livre escolha dos caminhos à serem seguidos. É nesta fase que o estudante deverá decidir se quer cursar ciências humanas, exatas, saúde ou enveredar para a área de tecnologia, enfim, seja ela qual for. O fato é que diante da evasão escolar e da consequente carência de pessoas qualificadas para exercerem atividades que exigem pelo menos conhecimento médio das funções que lhes serão atribuídas, passa da hora a definição adequada de uma grade escolar que reflita a boa formação do aluno.

O debate prolongado sobre qual a grade curricular mais adequada na rede de ensino está comprometendo a formação escolar da juventude. Impõe se aos que administram a educação pública e a executam nas salas de aula a modernização do ensino nas escolas, de modo que se obtenha um desempenho extraordinário para que resulte em bons resultados na boa formação da juventude estudiosa, que precisa atualmente ser atraída novamente e com seus pais para os bancos escolares. É certo que diante de uma boa educação ministrada com eficiência, o país social e economicamente alcançará resultados satisfatórios para a evolução do seu povo.