Q uem observa o perigoso trânsito nas ruas da cidade identifica que jovens condutores de bicicletas, motorizadas ou não, e motociclistas habitualmente não obedecem às leis do trânsito. Geralmente, avançam nos semáforos com o sinal indicativo de vermelho, que determina, naquele instante, entre 15 a 30 segundos, que se deve parar até o sinal verde voltar a ascender. Essa regra é elementar; entretanto, o que se vê é uma legião de jovens cruzando ruas com o sinal vermelho, colocando em risco a própria integridade física. Não têm paciência, desconhecem ou, pior, não aceitam o estabelecido pela regra legal de que a finalidade dos semáforos é ordenar o fluxo de veículos e pessoas, justamente para evitar colisões ou atropelamentos. Infelizmente, o que se vê são pessoas “furando” o sinal vermelho ao conduzirem suas bicicletas, motorizadas ou não. Algumas vezes, em alta velocidade. Pela manhã, pouco antes das 7 horas, quando vão para a escola, jovens transitam a toda velocidade. A situação é de perigo constante, pois pessoas adultas, ao conduzirem bicicletas motorizadas, dão sinais de que não têm conhecimento ou noção alguma sobre as regras de trânsito. Enfim, centenas e centenas de veículos, como bicicletas, motorizadas ou não, e motocicletas, notadamente quando conduzidas por pessoas que trabalham com entrega à domicílio e correm contra o tempo, acabam por tornar o trânsito da cidade uma arma que dispara contra si próprios. As questões de transgressão das leis de trânsito não estão adstritas somente a essas circunstâncias. Não raras vezes, vê-se ciclistas lendo mensagens ou conversando ao utilizarem telefones celulares, numa demonstração clara de que pouco se importam com o que pode lhes acontecer. Estamos diante de um quadro crítico e de permanente perigo. Para haver tranquilidade no tráfego nas ruas da cidade, é preciso que o departamento municipal de ordenamento e fiscalização do trânsito promova, com eficiência, uma campanha intensiva de educação para assegurar um trânsito sem acidentes ou, na pior das hipóteses, com um mínimo de acidentes, pois verifica-se quase que diariamente acidentes de toda natureza envolvendo ciclistas, motorizados ou não, e motociclistas, os quais acabam por perder a vida ou sofrer fraturas, quando não mutilações. A campanha de educação para o trânsito deve ter início nas escolas públicas e privadas de ensino de primeiro e segundo grau. Nestes educandários, todos deverão tomar conhecimento didático sobre as regras que devem ser observadas para terem um trânsito seguro para si próprios e para os que estão transitando em direção a algum lugar. Sem uma campanha de educação para o trânsito, não veremos baixar os índices de acidentes nas ruas da cidade. E nem estaremos seguros e a salvo de estar envolvidos ou até mesmo atropelados por condutores que desconhecem as leis de trânsito ou, então, as desrespeitam deliberadamente. Para agravar ainda mais a situação, outros teimam em conduzir crianças em garupas em bicicletas motorizadas ou motos, sem qualquer proteção. Impõe-se, por todos os motivos, que se mude esse cenário tenebroso de elevado índice de acidentes na cidade. É certo que essa situação só mudará se, nas escolas, for mostrada a importância de se obedecer às leis de trânsito, assim como se disseminou a consciência de se respeitar o nosso meio ambiente.
Editorial
Educação no trânsito nas escolas
Confira o Editorial do Jornal do Povo, deste sábado (26)
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