A empresa de celulose Brasil foi condenada a pagar R$ 35 mil de indenização por danos morais e uma pensão mensal vitalícia de R$ 3, 5 mil à família de um trabalhador que morreu em um acidente de trabalho, no dia 26 de junho de 2013, na fábrica, em Três Lagoas, quando verificava o nível de tanques com produtos químicos e caiu de uma altura de 15 metros.
De acordo com informações do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso do Sul (TRT/MS), o juiz da 2ª Vara do Trabalho de Três Lagoas havia negado o pedido de indenização por entender que não houve culpa da empresa no acidente.
No entanto, a defesa recorreu alegando que a fábrica não entregou todos os equipamentos de proteção individual (EPI's) e que o funcionária não estaria capacitado para trabalhar em altura. A Eldorado, por sua vez, disse que a culpa pelo acidente foi do próprio trabalhador que teria realizado as atividades de forma incorreta, indo além das suas funções, subindo na plataforma sem autorização e sem os equipamentos de proteção entregues.
A Primeira Turma do Tribunal Regional do Trabalho, no entanto, aceitou o pedido da família do trabalhador. Segundo o desembargador Márcio Vasques Thibau de Almeida, a empresa “não comprovou que cumpria as normas de segurança e medicina do trabalho, como fornecimento de EPI’s, capacitação do trabalhador e utilização de dispositivos de segurança para proteger a área de risco”.
Posicionamento
"A Eldorado informa ciência sobre a decisão do Tribunal do Trabalho do Mato Grosso do Sul em relação ao processo Nº 0024173-53.2015.5.24.0072. A empresa reafirma o compromisso com a segurança de seus colaboradores em todas as suas operações, fornece os necessários equipamentos de proteção, individuais ou coletivos e se solidariza com os familiares, mas reitera que em face dos documentos apresentados não concorda com o entendimento do Tribunal Regional do Mato Grosso do Sul e irá recorrer desta decisão", diz a Eldorado em nota divulgada nesta tarde.
Matéria editada às 17h para acréscimo de informações.