Três Lagoas e mais três cidades de Mato Grosso do Sul apareceram no boletim meteorológico do Inmet, nesta semana, entre as cidades com maior elevação da temperatura e amplitude térmica acentuada em plena estação do Outono. A cidade teve máxima de 36,4 graus na tarde terça-feira e mínima de 21 na madrugada de quarta.
Outro fator destacado no Centro-Oeste foi a queda da umidade relativa do ar, principalmente no início das tardes. As marcas, novamente, se aproximaram de registros típicos de deserto, ao redor de 25%, como em 2017. Em Sonora, Aquidauana e Água Clara houve registros semelhantes em temperatura e umidade do ar.
Além de preocupação para pessoas, animais e a agricultura carecem de mais cuidados em épocas assim para evitar perda de cabeças e prejuízos, principalmente em culturas de grãos e folhas. Eucaliptos, a principal cultura na Costa Leste, possui maior resistência.
O Outono, iniciado em março e que vai até 21 de junho, será marcado por gradativo enfraquecimento do fenômeno La Niña, conhecido pela baixa temperatura das águas do Pacífico, e sua substituição por condições de neutralidade, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Chuva, geada e neve
O clima na estação é marcado pela redução das chuvas no Sudeste, Centro-Oeste e sul da região Norte. Caracteriza-se também por massas de ar frio, oriundas do Sul, que provocam o declínio das temperaturas – fator que ainda não foi verificado em grande parte do Centro-Oeste, onde as marcas são elevadas para a época e semelhantes às de Verão. Mas, há previsão de geadas em Mato Grosso do Sul, segundo o instituto.
Até junho, ocorre formações de nevoeiros no Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geada no Sul, Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve em áreas serranas e nos planaltos da região Sul; e friagem no sul da região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até no sul de Goiás.
Incêndios
A Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) e a Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul lançaram dia 3 a 6ª Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios. Ano passado, houve 7.446 mil focos de incêndio em áreas rurais, 75% deles causados pelo homem, no Estado. De maio a novembro, o risco é maior devido à seco; 70% dos incêndios florestais começam das rodovias para dentro das propriedades.