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Empresa fantasma de Cassilândia participava de esquema de fraude

Crime de venda de madeira foi descoberto pelo Ibama de MS e SP

Empresa fantasma de Cassilândia participava de esquema de fraude

Uma empresa de Cassilândia é uma das 28 madeireiras do Mato Grosso do Sul fiscalizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que desvendou um esquema ilegal da mercadoria envolvendo também o Estado de São Paulo. Das 28 empresas do MS, 11 eram de fachada.

De acordo com a agente ambiental federal do Instituto de Três Lagoas, Jussara Barbosa da Fonseca, a empresa de Cassilândia não existe. Ela foi criada apenas para promover a movimentação irregular.

As operações serviram apenas para justificar a emissão de Documentos de Origem Florestal (DOFs), que mostram todas as transações de madeira, lenha e carvão. “Este é um sistema informatizado para que a empresa faça as movimentações comerciais. De 2013 para cá, essa empresa de Cassilândia movimentou aproximadamente 1 mil m³ de madeira, entre compra e venda – sendo 422 deles apenas emitidos por ela para  outros segmentos do ramo situados na fronteira, como Ponta Porã e Coronel Sapucaia”, explicou Jussara.

A agente ambiental citou ainda que, durante as investigações, foi localizado no município de Cassilândia o endereço que constava no CNPJ da referida madeireira. No local há uma pequena sala, porém sem nenhuma movimentação de funcionários ou estoque de madeira. “Uma vizinha do imóvel disse que o local estava fechado a cerca de um ano. Já o proprietário do estabelecimento afirmou aos agentes do Ibama que, um rapaz o procurou e fez um contrato de aluguel, mas pagou apenas o primeiro mês. “Neste caso o endereço foi usado simplesmente para abrir a empresa fantasma e registrar um CNPJ para assim promover as fraudes”, comentou.

A chefe de Fiscalização do Ibama de Campo Grande, Joanice Battilani informou à reportagem que São Paulo exportava madeira da Floresta Amazônica para Mato Grosso do Sul. “Eram apenas movimentações virtuais para justificar madeira cortada de forma clandestina.

O que chamou a atenção dos agentes, é que as 14 madeireiras paulistas declararam via DOF, ter exportado para o MS 8 mil m³ da mercadoria, uma vez que o que acontece é o contrário, ou seja, o Mato Grosso do Sul ser o exportador.