O Ministério de Infraestrutura autorizou a empresa Eldorado Brasil Celulose construir e operar nova linha férrea de 88,9 quilômetros de extensão, com investimento de R$ 890 milhões, entre Três Lagos e Aparecida do Taboado, na região Leste do Estado.
A empresa apresentou em novembro de 2021, o pedido ao Ministério, que autorizou nesta segunda-feira (3), conforme portaria pública no Diário Oficial da União, a Eldorado construir e operar a Estrada de Ferro – EF- A05, pelo prazo de 99 anos.
O empreendimento será destinado ao transporte de carga estimada em 1,7 milhão de toneladas de celulose por ano, produzida na fábrica de Três Lagoas. Além da Eldorado, a Suzano, a MRS e a Ferroeste, apresentaram projetos ao Ministério de Infraestrutura para construção de ferrovias para fazer o transporte por trilhos.
Além da Eldorado, a Ferroeste também já recebeu autorização do Ministério para construir a estrada de ferro que ligará Maracaju e Dourados. O projeto da Suzano que ainda aguarda autorização prevê a construção de três trechos ferroviários: Um ligando Ribas do Rio Pardo a Inocência, outro no perímetro urbano de Três Lagoas, e por último, um entre Três Lagoas e Aparecida do Taboado. A empresa deve investir cerca de R$ 2,5 bilhões nos projetos.
Já a MRS solicitou a construção da ferrovia no trecho de Três Lagoas a Panorama (SP). As empresas buscam a ferrovia como alternativa para o transporte da celulose para o Porto de Santos, em São Paulo. Atualmente, o transporte é feito por caminhões pelas rodovias. A Suzano que está construindo mais uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo vai ter sua produção aumentada. Além do transporte ferroviário ser mais barato, é mais seguro. A ferrovia contribuirá para a retirada de caminhões das rodovias, que no caso das de Mato Grosso do Sul, onde estão as fábricas de celulose, não têm previsão de serem duplicadas.
“Aquilo que foi pensado quando a política pública foi desenhada está se configurando, com esses pedidos de autorização, com empresas dos mais diversos segmentos, querendo construir seus ramais, ligando plantas industriais a ferrovias concedidas, plantas industriais ou ativos minerários a portos. Isso vai trazer um benefício em termos de sustentabilidade, eficiência e Custo Brasil”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao se referir ao projeto do governo federal, Pro Trilhos, instituído a partir do novo Marco Legal das Ferrovias.