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Endemias registra 11% de pendências em visitas de combate à dengue

Em um mês, agentes chegam a promover 17,3 mil visitas domiciliares em Três Lagoas

Parcerias com imobiliárias e Ministério Público ajudaram a reduzir índice de residências não visitadas - Arquivo/JP
Parcerias com imobiliárias e Ministério Público ajudaram a reduzir índice de residências não visitadas - Arquivo/JP

O Setor de Endemias de Três Lagoas visitou cerca de 36 mil imóveis somente neste último bimestre. O número corresponde a uma média de 1,6 visita por dia, sendo 17,3 mil delas realizadas neste mês.

Em contrapartida, o coordenador de Endemias, Benício Donizete, alerta para o índice de “pendências”, casos em que os imóveis estavam fechados. De acordo com ele, a média de casos de agentes que não conseguiram vistoriar os imóveis gira em torno de 11,03%. O preconizado, entretanto, é ficar abaixo dos 10%. “Estes não são, entretanto, casos de recusa, em que o morador proíbe a entrada do agente. Mas de pendências, em que o morador não foi localizado, por estar no trabalho etc. Nestes casos, os agentes retornam em outro horário ou aos sábados”, destacou.

Parcerias, no entanto, ajudaram a reduzir este percentual. Uma delas foi com as imobiliárias de Três Lagoas, que fornecem as chaves de imóveis fechados e que estão para locação, permitindo assim, a entrada dos agentes. Outra parceria importante foi realizada com o Ministério Público Estadual que em casos de resistência é acionado pela prefeitura.

“São poucos os casos em que o agente não consegue entrar por recusa do morador. O índice é baixo mesmo. Mas, quando ocorre, daí nós notificamos a promotoria. O mesmo acontece em casos de reincidência, em que o morador foi alertado e não tomou as providências necessárias”, explicou.

Mato Grosso do Sul, assim como todo o país, se prepara para combater o risco de uma nova epidemia. Além da dengue, o alerta geral também é para a chicungunha e, principalmente, para o zika vírus, associado aos casos de microcefalia. Nesta segunda-feira, o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Nelson Tavares, declarou: “Estamos potencialmente à frente de uma calamidade”. Para Tavares, o zika poderá protagonizar a maior epidemia de saúde pública dos últimos 100 anos, superando a aids e a poliomielite, no século passado, conforme matéria divulgada pelo Notícias MS.

Em Três Lagoas, a Secretaria Municipal de Saúde organiza, para a primeira quinzena de janeiro, uma grande ação de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas três doenças. A operação contará com a participação de militares da 2ª Companhia de Infantaria do Exército.