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Três Lagoas

Enem é realizado com tranquilidade em Três Lagoas

Em Mato Grosso do Sul 150 mil candidatos participaram da prova. No Brasil, ausência foi de 29%

movimentaram o mercado de vendedores ambulantes -
movimentaram o mercado de vendedores ambulantes -
Em Três Lagoas houve muita correria antes doiníciodas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),realizado no último final de semana. Porém, segundo alguns candidatos que fizeram a prova na Faculdade Integrada de Três Lagoas (AEMS), o movimento dentro da universidade o movimento foi calmo, com presença de monitores que orientavam os candidatos às salas de aula. Em todo o Brasil, dos mais de 7,1 milhões de candidatos inscritos no exame, cerca de 29% não compareceram às provas, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Este, porém, não foi o caso de Heitor Barzotoé estudante do primeiro ano do ensino fundamental e realizou a prova do Enem pela primeira vez,e assim adquirir experiência para os próximos exames. “Resolvi fazer a prova porque ainda estou no primeiro ano e quero adquirir segurança para os próximos anos.Quero terminar o ensino médio e ingressar diretamente em uma faculdade”, diz o adolescente de 16 anos. 
 
Ainda assim, o que se via na maioria dos candidatos eram ansiedade e nervosismo. Pessoas em passos acelerados, ofegantes, expressões de preocupações e inquietude. Em Mato Grosso do Sul foram 150 mil estudantes que fizeram a prova e em Três Lagoas, muitos foram cautelosos e chegaram cedo aos locais das provas. “Não tem como negar. A redação é o item que dá mais medo na gente. Essa questão de não saber qual é o tema que será abordado causa bastante angústia. Mas estudei bastante e creio que dará tudo certo”, diz Alessandra Marques, estudante.
Muitos estudantes também superaram as dificuldades e foram atrás do sonho de ingressar em uma universidade.
 
Alguns eram deficientes e estavam em cadeiras de rodas; outras eram mães com filhos no colo – mas tudo é valido quando se tem o desejo de ter no currículo o título de ensino superior.


CONTRA PONTO
Em Mato Grosso do Sul o fechamento dos portões estava marcado para às 12h. Mesmo com professores, secretarias e até mesmo a imprensa divulgando para os estudantes se atentarem ao horário do cartão que foi recebido por cada aluno pelos Correios – de que o horário que estava marcado na correspondência era de Brasília – uma hora a mais de MS, muita gente ainda fez confusão. Com os portões prestes a fechar, pessoas vinham correndo a tempo de entrar. Uma garota, desesperada, esperava a mãe do lado de fora para trazer o documento original com foto, pois ela tinha esquecido – o que era de exigência para realizar o exame. Ela teve sorte: a mãe chegou a tempo com a documentação. A estudante pegou pela janela do carro e saiu correndo para o local da prova, com o portão jáfechando.
 
Em segundos, após o fechamento do portão, vinha um rapaz caminhando lentamente, mas já não tinha mais jeito. O horário para a entrada já tinha vencido. “Infelizmente eu tenho uma perna deficiente, não pude apressar o passo. É triste, mas agora só para o ano que vem.”
 
Quem levou oxerox do documentotambém perdeu a prova; e isso estava claro nas regras e indicações do Enem. Era obrigatório estar portando um documento original com foto. Foi o caso do estudante Caio Henrique. “Realmente eu perdi meus RG e só tinha uma cópia autenticada em cartório; pensei que pudesse convencer o fiscal, mas não teve jeito. Perdi mesmo a prova.”


AMBULANTES
Muitos alunos portavam em mãos garrafas de água, chocolates e outros doces. Mas quem não teve tempo de providenciar esses elementos com antecedência, tiveram a oportunidade de adquirir alguns desses itens nas entradas dos locais da prova. E quem teve mesmo um lucro extra, foram os vendedores ambulantes que estavam ofertando esses produtos. Muitos chegaram cedo e tiveram as boas vindas dos alunos. “Cheguei aqui duas horas e meia antes de começar a prova e o que deu mais saída, foram as garrafas de água. E tenho certeza que se não vender tudo antes da prova, vende na saída porque está muito quente e as tensões que essas pessoas estão passando, as deixam sedentas”, diz Gabriel Antônio, ambulante que também oferecia espetinhos de carne para o público.