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Energia furtada é suficiente para abastecer 300 residências

Ligações clandestinas podem causar uma série de problemas, além de colocar a vida dos moradores em risco, alerta concessionária

Ligações clandestinas podem causar uma série de problemas, além de colocar a vida dos moradores em risco, alerta concessionária. - Divulgação/Polícia Civil
Ligações clandestinas podem causar uma série de problemas, além de colocar a vida dos moradores em risco, alerta concessionária. - Divulgação/Polícia Civil

Reflexo da intensificação das ações de prevenção e combate às ligações clandestinas, fraudes e furtos de energia, realizadas pela Companhia de Energia Elétrica ‘Elektro’ na ‘Operação Blackout’ levaram a recuperação de milhares de quilowatts-hora (KWh), em Três Lagoas. O montante de energia furtada é o suficiente para abastecer 300 residências por mês. 

De acordo com a concessionária Elektro, o furto de energia, conhecido popularmente como “gato”, causa uma série de problemas e prejuízos a população, além de colocar em risco a vida dos moradores e do próprio indivíduo que faz a ligação clandestina. Além disso, prejudica no fornecimento de energia da regiã e pode causar graves incidentes na rede elétrica, como interrupção no abastecimento. 

O furto de energia é crime, previsto no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão pela prática ilegal. “Esse tipo de atitude prejudica o consumidor de bem, que paga suas contas em dia. Por isso, a Elektro vem fazendo esse levantamento. Acredito que ,além dessa operação virão outras”, explicou o delegado da Delegacia Regional de Três Lagoas, Ailton Pereira de Freitas. 

Operação Blackout 

A Concessionaria de Energia Elétrica – Elektro realizou, no dia 13 de setembro, no Residencial Gilson Teixeira e no Conjunto Habitacional Orestinho, localizadas no bairro Novo Oeste II e no CDHU Músico Gilson Teixeira, em Três Lagoas, uma operação de combate ao furto de energia através de ligações clandestinas, chamada de ‘Operação Blackout.

A operação contou com o apoio do Setor de Investigações Gerais (SIG) da 3ª Delegacia de Polícia Civil, da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) e da Polícia Científica. Para realizar a ação, foram utilizados cerca de 10 veículos e 30 policiais civis, entre delegados, escrivães, investigadores e 10 peritos da polícia técnica. 

De acordo os resultados da operação, dos 120 medidores vistoriados 70 constataram irregularidades. Os moradores foram notificados e conduzidos para o 3º Departamento de Polícia Civil, para providencias cabíveis. 

Por outro lado, moradores reclamaram da demora na religação da energia, após pagarem contas atrasas. “Eu solicitei o religamento a mais de cinco dias e disseram que vão religar só depois de quatro dias. Eu tenho uma criança, de 10 meses, e um adolescente, de 16 anos, que precisam fazer inalação. Além de alimentos frios que podem estragar”, contestou a dona de casa, Luiza Maro.