A assessoria de imprensa da Prefeitura de Três Lagoas, por meio de uma nota à imprensa, esclareceu os rumores de uma possível greve da classe de enfermeiros na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a partir das 0h desta sexta-feira, 1º de maio.
De acordo com à nota divulgada, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, através do desembargador Sérgio Fernandes Martins, determinou a suspensão de greve por parte dos enfermeiros que atuam na Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas, em decisão liminar proferida na tarde desta quinta-feira, 30. O desembargador considerou o Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem Serviços Públicos (Setasp) de Três Lagoas entidade ilegítima para representar a categoria.
Segundo informou a assessoria de imprensa da prefeitura, o Setasp havia protocolizado na Secretaria de Administração do Município uma decisão de greve a partir desta sexta-feira, 1, a meia noite. A prefeitura através da Assessoria Jurídica entrou com pedido de liminar no Tribunal de Justiça por considerar que o serviço é essencial à saúde pública e não pode ser interrompido e também por entender que o Setasp não é representante legítimo da categoria. O magistrado acatou o pedido e também destaca em sua decisão que procurou no site do Ministério do Trabalho e Emprego e não encontrou o registro do Setasp como representante legal da categoria em Três Lagoas. Foi estipulada ainda uma multa diária de R$ 1.000,00 contra o Setasp em caso de descumprimento da decisão.
OUTRO LADO
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem Serviços Públicos (Setasp) de Três Lagoas, João Carvalho, disse ao Jornal do Povo que a categoria não trabalha com a hipótese de paralisação das atividades. Carvalho afirmou que a categoria se reuniu na tarde desta quinta-feira, 30 de abril, para decidir as próximas renegociações com a administração pública.
A diretoria da categoria, segundo informou Carvalho, decidiu esperar a Prefeitura Municipal se posicionar ao invés de paralisarem as atividades na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
“Estamos [a categoria] abertos ao diálogo e nosso objetivo é a negociação por meio do diálogo. A greve está fora de cogitação, pois não acreditamos que a população mereça ser prejudicada nessa história”, conta.