O programa Prosseguir, do Governo do Estado, criado para lidar com o enfrentamento da pandemia, busca apontar alternativas e soluções, indicando, deste modo, caminhos para atividade econômica no contextso da pandemia. Em entrevista ao jornalista Ginez Cesar, o Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, comenta o cenário estadual e estratégias usadas para o enfrentamentoa scrise na saude e na econoomica.
Secretário, como é estar à frente dessa tarefa, cuidando da saúde e da economia ao mesmo tempo?
Eduardo Riedel Desde o início do nosso trabalho, ainda em janeiro, depois em fevereiro já instituímos o Centro de Operações Emergenciais (COI), no âmbito da saúde, sabíamos que seriam momentos muito difíceis. Nós sempre entendemos que essa não é uma discussão isolada, ou de saúde ou de economia. A crise é uma só, integrada.
Nós temos que medir dia a dia todos os indicadores possíveis.
Nós passamos momentos de guera na nossa história, também crises economias enormes e ainda não tínhamos assistido no Brasil algo dessa magnitude, que afetou enormemente a economia e agora chegamos a mais de cem mil óbitos. Ao mesmo tempo vemos também empresas, empregos, renda de pessoas serem corroídas por um comportamento humano que mudou por uma dificuldade de aglomeração, por uma necessidade das pessoas permanecerem mais isoladas.
As pessoas que se contagiam passam momentos muito ruins, de tristeza. No dia dos pais quantos filhos estiveram longe, o contato foi por meio de ligações de voz, de vídeo. Mas precisamos ter a frieza e a tranquilidade. Não só nos, mas toda equipe, para lidar de uma maneira muito pragmática com tudo isso.
Como o Governo do Estado está avaliando esses números crescentes, que são divulgados todos os dias por meios de live nas redes sociais?
Eduardo Riedel Num momento de necessidade, se você precisar de um amparo para poder ser atendido e não ter um leito a disposição é extremamente assustador. E as medidas são justamente para que não chegue nessa situação crítica.
Nós temos buscado de maneira incansável, tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura de Campo Grande, um volume de leitos que atenda toda essa demanda.
Nós conseguimos aumentar muitos leitos, em várias unidades hospitalares no último mês.
Nós estamos conseguindo tudo isso, mas não na velocidade que a demanda por internação está ocorrendo e por isso os indicadores de isolamento, para você conter a velocidade do contágio e da demanda por leitos de UTI. Isso nos preocupa demais.
Que medidas estão sendo tomadas para garantir a atividade econômica essencial, manutenção de empregos?
Eduardo Riedel Tem algumas abordagens nesse sentido. Primeiro se tem o que é um dos tripés do Prosseguir e da estratégica do governo, que é a área social. Nesse sentido, buscamos uma série de medidas em relação a área social, desde cestas-básicas, reforço para famílias mais carentes. O próprio governo Federal, com o auxílio emergencial, injetou em Mato Grosso do Sul R$2 bilhões. Por um outro lado sabemos que isso não é sustentável ao longo do tempo. Temos que estar acompanhando a atividade econômica e temos uma situação específica no nosso Estado, com uma base no agronegócio, na industrialização e depois serviços que é o setor que mais sofre.
Qual o cenário mais provável para Mato Grosso do Sul. Por mais quanto tempo deverá seguir este enfrentamento?
Eduardo Riedel Nós conversamos muito com os infectologistas e com o pessoal da área econômica. Pouco se sabe na área da ciência. . Há um consenso de que após a efetivação de uma vacina, você cria um outro patamar de segurança e percepção da população. Até lá talvez tenhamos que conviver com o novo normal.