As escolas públicas vão receber 150 mil notebooks (computadores portáteis) antes do início do ano letivo. Os computadores foram comprados pelo Ministério da Educação (MEC) e pela Presidência da República no fim do ano passado, dentro do programa Um Computador por Aluno.
A informação foi dada hoje (26) à Agência Brasil pelo presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni. “Nós teremos ainda antes deste ano letivo várias escolas já com sua rede de computadores disponível. O MEC tem avançado bastante nesse projeto e nós teremos aí em torno de 150 mil computadores sendo distribuídos para 300 escolas brasileiras nesse ano de 2009”, afirmou.
A idéia agora é que o governo federal promova parcerias com estados e municípios para ampliar a base de computadores. “Nós precisamos chegar a um universo muito maior”, disse Marcos Mazoni.
Mazoni informou que o MEC tem trabalhado com esse objetivo junto com governos estaduais e municipais. O presidente do Serpro afirmou ainda que a intenção é ter outras novidades importantes este ano, “ampliando, sem dúvida nenhuma, a base de distribuição de máquinas para todos os alunos do país”.
Mazoni esclareceu que as 300 escolas de 150 localidades serão atendidas com os notebooks. E que cinco cidades (São Paulo/SP, Porto Alegre/RS, Palmas/TO, Piraí/RJ e Brasília/DF) terão 100% dos alunos com computador portátil. “Essa é a diferença. Somente cinco cidades têm todos os alunos da rede pública municipal, estadual e com recursos federais sendo atendidas”, afirmou.
Ele informou que terá seguimento também este ano o plano de aproveitamento dos cerca de cinco mil telecentros brasileiros implantados com recursos das três esferas de governo para formação de recursos humanos em programação de ‘softwares’ (programas de computador).
“Os projetos estão sendo aprovados, para que a gente possa ter, tanto nos telecentros já estruturados do governo federal e das parcerias existentes, quanto das novas parcerias, a expansão da distribuição do conhecimento, formação de pessoas para geração de códigos. E que a gente possa atender à demanda mundial crescente no que diz respeito à programação”, disse.
Mazoni salientou que em uma situação de crise, como a que vive hoje o mundo, as oportunidades devem ser aproveitadas pelos técnicos do Brasil. “Crise exige mais tecnologia, mais investimentos em automação. E, portanto, esse mundo vai crescer. E nós temos aqui [no Brasil], gente com conhecimento, com inteligência suficiente para avançar nesse mercado”, afirmou.