A cozinheira Maria Cristina Vila Lobos, de 33 anos, assassinada com um golpe de faca no pescoço, na madrugada do dia 25, namorou por dois meses o suspeito de praticar o crime e havia terminado o relacionamento na mesma semana em que foi assassinada. Porém, o casal reatou o namoro na última sexta-feira, foi a uma festa, em um rancho, às margens do Rio Sucuriú, local em que a vítima foi morta pelo suspeito após uma discussão.
“Eu ainda a chamei para passar a comemoração do Natal na minha casa. Perguntei se iria estar com o namorado, mas ela me disse que não sabia o que ia fazer na data e também contou que não estava mais junto com o rapaz, que tinham terminado”, relatou ao JP News a auxiliar de produção Marta Vilas Boas, irmã da Maria Cristina.
Ela declarou que a família está inconformada com o fato e se diz chocada com a crueldade praticada contra a irmã. De acordo com a auxiliar de produção, Maria Cristina trabalhava como cozinheira de uma empresa terceirizada na Unidade Educacional de Internação (Unei) “Tia Aurora” de Três Lagoas.
A vítima deixou três filhos, sendo duas crianças, de 6 e 8 anos de idade, e uma adolescente de 15 anos. Os três estão na residência de familiares, já que a cozinheira era divorciada e morava com os filhos. Marta disse que não tinha muito contato com o namorado da irmã e que o viu apenas uma vez. Entretanto, algumas amigas chegaram a contar para a família que, dias antes do crime, a vítima alegou que o suspeito era muito ciumento e que já não aguentava mais a situação.
A festa no rancho foi realizada por colegas do casal e, segundo a irmã da vítima, não tinha nenhum membro da família no local. “Ficamos sabemos do que ocorreu somente depois, após ligações dos amigos dela. É uma tragédia e não há como se conformar. Espero que a Justiça seja feita porque ninguém tem direito de tirar a vida do outro”, ressalta.
A Polícia Civil informou que o suspeito continua foragido. Após esfaquear a vítima no pescoço, o homem deixou o rancho em alta velocidade na motocicleta usada pelo casal para ir até a festa. A moto utilizada para a fuga seria do suspeito. Marta Vilas Boas contou também que a irmã tinha uma motocicleta e que o veículo foi encontrado na residência de um vizinho.
Entenda o caso
Os dois teriam ido ao rancho em uma moto e, pouco depois, iniciaram a briga. Eles foram para um local mais afastado das pessoas que participavam da festa e, minutos depois, o suspeito deixou o rancho na motocicleta. Alguns convidados perceberam que a mulher não retornou para e festa e foram até lá, ocasião em que encontraram Maria Cristina caída no chão.
Ela chegou a ser encaminhada para o hospital, mas morreu depois de dar entrada na unidade. Conforme a polícia, ainda não há informações sobre o que teria ocasionado a discussão, como também a motivação do homicídio.