Veículos de Comunicação

Entrevista

Este é ano de investir em imóveis e na construção civil, avalia empresário

Entrevista foi ao “Cenário RCN – Desafio e Perspectivas para 2018”, série de programas do Grupo RCN de Comunicação

 - Reprodução/TVC
- Reprodução/TVC

O cenário para o setor imobiliário, em Três Lagoas, parece ser positivo. A crise que atingiu a economia do país promoveu uma supervalorização de imóveis, no município, altos investimentos, maior preço, principalmente com a instalação de indústrias, fábricas na cidade. “Agora, já estamos em uma fase mais estável e de equilíbrio nos preços, o que faz com que este ano seja o melhor para adquirir um imóvel”, declarou o empresário e ex-presidente da Associação das Imobiliárias e Corretoras de Três Lagoas, Luiz Alberto Gusmão. Ele é proprietário da Imobiliária Gusmão. 

Em entrevista ao “Cenário RCN – Desafio e Perspectivas para 2018”, série de programas do Grupo RCN de Comunicação com personalidades e autoridades de Três Lagoas, Campo Grande e Paranaíba, o empresário disse que a expectativa é recuperar a retração dos negócios e sair do “vermelho”.

 
Jornal do Povo –  Como traçar um cenário imobiliário depois da explosão do mercado, com a instalação de diversas indústrias?

Luiz Gusmão – O conhecido “boom” começou por volta de 2007, com a instalação das fábricas de celulose, período em que Três Lagoas tinha um grande déficit habitacional. Os investimentos a partir de 2008 e 2009 começaram a chegar com grande velocidade. Empresários de todo o país começaram a investir em loteamento e construções habitacionais. Tivemos em torno de sete condomínios fechados, de alto padrão, prédios comerciais e residenciais, além de construções populares, que foram mais de seis mil unidades. Foi um momento valorização, com a vinda das indústrias e construções de alojamentos para os funcionários.

JP – E após isso, o investimento caiu?
Gusmão – Temos que dividir esse desenvolvimento em duas etapas. A primeira foi a de construção das multinacionais e, depois, a etapa de desenvolvimento da atividade normativa delas. Quando você termina essas construções cai muito o valor do aluguel porque recebemos 20 mil operários que mobilizaram os imóveis residenciais, alojamentos, hotéis e aí o aluguel ficou um pouco mais excessivo. Hoje estamos em fase de estabilização. As construções feitas pela expansão da Fibria, por exemplo, terminaram.

JP – A crise nos últimos dois anos deixou muitas empresas no vermelho. Já foi possível recuperar o déficit?
Gusmão –  O ano passado foi muito difícil para o setor imobiliário. Eu com 20 anos trabalhando na área, em Três Lagoas e região, tive dois meses de déficit. Nunca havia acontecida algo assim. Meses de maio e novembro foram difíceis e eu tive que aportar dinheiro na empresa porque as contas não fechavam. 

JP – O que se percebe atualmente é muitos imóveis alugando, vendendo, situação bem diferente de outros anos. É a oportunidade de comprar um?
Gusmão – 2018 acho que é o ponta pé inicial para sairmos desse aspecto de terror que ocorreu na economia. Apesar da crise nacional, Três Lagoas ainda é uma cidade que respira. E a tendência é uma melhora e já percebemos os índices favoráveis. São preços bem diferenciados de imóveis, principalmente de lotes e imóveis populares. Muitas ofertas, demandas e oportunidades.