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Estudante do Amazonas desenvolve óculos de realidade virtual

O óculos virtual também pode ser um aliado no tratamento de fobias

Gabriel de Oliveira está concluindo o 3º ano na Escola Estadual Benjamin Magalhães Brandão, em Manaus, e desenvolveu o óculos de realidade virtual em fibra de carbono - Lana Santos / Agência Fapeam
Gabriel de Oliveira está concluindo o 3º ano na Escola Estadual Benjamin Magalhães Brandão, em Manaus, e desenvolveu o óculos de realidade virtual em fibra de carbono - Lana Santos / Agência Fapeam

Um óculos de realidade virtual, feito com fibra de carbono, que utiliza aparelhos smartphones para gerar cenários virtuais, com som e imagens em 360 graus. Esse é o protótipo High Tech VR, projeto inédito no país desenvolvido por um estudante amazonense de 19 de anos.

Gabriel de Oliveira está concluindo o 3º ano na Escola Estadual Benjamin Magalhães Brandão, em Manaus. A iniciativa inovadora tem o apoio da Fapeam, o Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas, e do centro de empreendedorismo da Uninorte, União Educacional do Norte.

Gabriel disse que a ideia do projeto surgiu por meio de pesquisas, principalmente na internet, para saber o que já existia no mercado na área de realidade virtual. "Então, o que a gente resolveu foi criar algo novo, baseado no que já existia, mas que fosse melhor e mais acessível às pessoas”.

Para o estudante amazonense, a intenção é colocar o usuário do equipamento no mundo virtual de “forma imersiva e interativa, fazendo ele se sentir lá dentro e conseguir interagir com o ambiente em 360 graus, ou seja, para onde ele olhar, vai ver alguma coisa", explicou. 

Para Gabriel, a fibra de carbono foi escolhida para compor os óculos por ser um material resistente e inovador no mercado. Segundo ele, a utilização é feita inserindo o aparelho de celular (smartphone) no suporte frontal dos óculos. Também é possível conectá-lo a um computador, via cabo USB, rede wireless (sem fio)/wi-fi.

Segundo o estudante, o High Tech VR pode ser útil nas áreas de educação, trabalho e entretenimento.

"Na educação pode se usar em aulas, tanto dentro de escolas tradicionais quanto nas universidades; na maioria dos cursos, principalmente, medicina, engenharia e arquitetura. No trabalho, pode ser usado, principalmente, por quem trabalha com demonstração de apartamentos, no caso de corretores imobiliários. Mas, também, por diversas empresas que vão usar gráficos em 3D, e que precisam de imersão. Já no caso do entretenimento pode ser utilizado em jogos, para assistir vídeos". 

O óculos virtual também pode ser um aliado no tratamento de fobias, pois, de acordo com o estudante, o aparelho cria a impressão de que a pessoa está vendo algo real e pode enfrentar seus medos sem perigo.

Os próximos passos do projeto, segundo Gabriel, são melhorar a ergonomia (estudo das relações entre homem e máquina) e o design dos óculos, viabilizar a produção em larga escala e firmar parcerias para criação de aplicativos, trabalhos personalizados e comercialização do produto. Gabriel diz que a expectativa é que os óculos de realidade virtual comecem a ser vendidos em 2016 custando até R$ 350,00.

(Agência Brasil)