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Três Lagoas

?Eu não vou aceitar desordem na minha cidade?, diz prefeita

Trabalhadores que estavam na praça são remanejados para alojamento no JK

Trabalhadores que estavam na praça são remanejados para alojamento no JK -
Trabalhadores que estavam na praça são remanejados para alojamento no JK -

A prefeita Márcia Moura declarou que está de portas abertas para atender aos trabalhadores do Consórcio UFN-III, responsável pela construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras, que estejam dispostos a conversar. Entretanto, foi enfática ao dizer que não aceitará atos de vandalismo na cidade. “Representantes do sindicato me informaram hoje de boatos no canteiro de obras dizem que a prefeita não queria os trabalhadores na cidade,  quero deixar bem claro, nunca existiu essa pretensão. Muito pelo contrário. Esses trabalhadores estão ajudando a construir a nossa cidade e são mais do que bem-vindos por conta disso. Jamais diria para eles partirem. Agora, eu não quero insegurança na nossa cidade. Não quero desordem na nossa cidade. Se houver, aí vou enfrentar”, disparou.

A declaração foi dada logo após o término da reunião realizada com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Wilson Sérgio Monari, no gabinete da prefeita, que teve por finalidade analisar as ocorrências do dia de ontem e também apresentar algumas medidas á serem adotadas.  Antes, a prefeita já havia recebido representantes do Sintricom e das empresas responsáveis pelo Consórcio UFN-III.


“Pela primeira vez, a prefeitura foi procurada pelo sindicato dos trabalhadores no Consórcio da UFN III para um diálogo. Foi um diálogo tranquilo, que buscou, em um primeiro momento acabar com esses boatos de que a prefeita não os quer na cidade e também buscar soluções para o ocorrido na dia de ontem [segunda-feira]”.
Conforme a prefeita, entre soluções encontradas, de imediato, esta a da transferência dos trabalhadores que estavam na praça para um alojamento existente no bairro JK, com capacidade para até 500 pessoas. “Até pensamos em utilizar o nosso alojamento na saída para Brasilândia, mas o espaço teve toda fiação furtada e também foi parcialmente destruído por incêndios de uma greve passada. Então não tinha como mandá-los para lá ainda hoje”, disse.
Sobre a capacidade do alojamento situado no bairro JK para abrigar os dois mil trabalhadores que estavam no alojamento,incendiado ontem, a prefeita informou que ainda está buscando soluções. “Vamos engolir um leão por dia. Hoje, foi dar um teto para os trabalhadores que estavam na praça”, explicou.
Na entrevista, a prefeita ressaltou que aproximadamente 80% dos trabalhadores que atuam na construção da unidade de fertilizantes estão dispostos a voltar ao trabalho e a greve seria mantida por uma minoria. “Os que quiserem ir embora terão todo apoio do consórcio. Eles receberão ajuda de custo de R$ 250 em dinheiro, passagem aérea para cidade de origem e terão todos os benefícios garantidos. Então, essa minoria insatisfeita poderia ir embora e galgar novos voos.”, disse.