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Ex-PM de MS é suspeito de liderar esquema bilionário

Major Carvalho, principal alvo da operação Enterprise, da Polícia Federal

Major Carvalho, principal alvo da operação Enterprise, da Polícia Federal - Divulgação
Major Carvalho, principal alvo da operação Enterprise, da Polícia Federal - Divulgação

Mesmo com extensa ficha criminal, o ex-policial militar de Mato Grosso do Sul, Sérgio Roberto de Carvalho, 62, conhecido como Major Carvalho, principal alvo da operação Enterprise, deflagrada nesta semana, é apontando como o principal operador do esquema internacional de tráfico de cocaína para a Europa e África.

Entre 2017 e 2020, a organização criminosa movimentou cerca de R$ 2,5 bilhões. Dono de uma extensa ficha criminal, Carvalho só foi expulso da corporação 22 anos depois da primeira condenação por traficar cocaína. Com 16 anos de carreira, Carvalho entrou na PM em 1980 e se aposentou em 1996.

Além dele, sete integrantes do bando atuavam no Estado e foram presos. Cinco em Campo Grande, um em Dourados e outro em Rio Verde de Mato Grosso.

No exterior, a polícia encontrou 11 milhões de euros dentro de malas guardadas em uma van, num imóvel em Portugal, na cidade de Lisboa. Em outra casa na Espanha, foram confiscados cerca de R$ 12 milhões. Além de veículos e imóveis de luxo, cerca 37 aeronaves foram sequestradas. 

A PF tem indícios de que Carvalho usava as duas casas para se esconder. Ele continua foragido, mas seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol. 

Segundo o responsável pela Coordenadoria de Repressão a Drogas, Armas e Facções Criminosas da Polícia Federal, o delegado Elvis Secco, esta operação bateu recorde de apreensões, foram cerca de R$ 1 bilhão. “A melhor forma de atacar o crime organizado é através do bloqueio e sequestro de bens. Essa é uma operação histórica e precisa ser comemorada”, disse.

Ele encerrou ressaltando que o enfrentamento ao tráfico não deve ser feito nas favelas, já que os chefões vivem com luxo e ostentação.