As receitas do agronegócio brasileiro com as exportações cresceram 3,6% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês de 2017, alcançando US$ 9,3 bilhões. Os embarques do setor no mês representaram 41,5% de todas as vendas externas feitas pelo Brasil em agosto, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic), compilados pelo Ministério da Agricultura, divulgados nesta sexta-feira.
As importações no mês passado, porém, recuaram 1,6% para US$ 1,1 bilhão em comparação com o mesmo intervalo de 2017. Com o resultado, o superávit do agronegócio ficou em US$ 8,2 bilhões, 5,1% mais que o registrado em agosto de 2017.
Entre os itens mais exportados, o “complexo soja” (inclui grão, farelo e óleo), que geralmente lidera o ranking das vendas externas de produtos agrícolas do Brasil, foi um dos únicos que teve crescimento e registrou alta de 43,4%, para US$ 4 bilhões em agosto, refletindo a crescente demanda da China por esses produtos em meio à guerra comercial com os Estados Unidos.
Embora tenha sido o segundo item mais exportado no mês passado, as carnes tiveram um recuo de 0,5% para US$ 1,5 bilhão. As vendas externas carne de frango recuaram 8,2% para US$ 622,8 milhões, com retração de 3,5% no preço médio de exportação; as de carne suína tiveram queda de 29,8%, para US$ 109,6 milhões. A exceção foram os embarques de carne bovina, que somaram US$ 699,3 milhões, 15,6% mais que o registrado no mesmo mês do ano passado.
Outros itens que registraram quedas na exportação foram: açúcar e etanol, cujas vendas externas recuaram 44,1% em agosto, para US$ 636,4 milhões, em relação a agosto de 2017; e as de café, que diminuíram 33,2% em agosto, para US$ 378 milhões.
Principal mercado para as exportações brasileiras do agronegócio, a China importou do setor US$ 3,4 bilhões em agosto, um aumento de 48,2% em comparação com o mesmo mês do passado.