De janeiro a maio deste o segmento mantém-se como o segundo setor que mais enviou produtos pelo brasil ao exterior. O volume exportado nestes cinco meses alcançou US$ 5 bilhões e 750 milhões. Um crescimento de 30,5% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo superado apenas pelas vendas do complexo soja, composto por grão, farelo e óleo e a frente da exportação de carnes.
Neste contexto das florestas, as exportações de madeiras e produtos fabricados com madeira aumentaram 16,3%, atingindo US$ 1 bilhão e 440 milhões. As vendas externas de papel chegaram a US$ 803 milhões 340 mil. O principal produto florestal, que é a celulose, teve valor recorde de US$ 3 bilhões e 510 milhões.
Fonte: MDIC
O Brasil hoje é o 3º maior exportador de celulose, participando com 13,2% do mercado mundial de US$ 48 bilhões. Do total da produção brasileira 69% destina-se à exportação. Segundo dados do IBGE, as florestas plantadas ocupam atualmente 10 milhões de hectares, o que corresponde a 1% da área agricultável do país.
O coordenador geral de Florestas e Assuntos da Pecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento engenheiro agrônomo João Salomão que o Brasil está entre os mais produtivos do mundo. “O clima, o solo e a tecnologia que dispomos no País permitiram que atingíssemos as maiores produtividades médias por ano do mundo”, explica.
Ainda de acordo com o coordenador, a produtividade brasileira é maior que a dos concorrentes e país tem produtos a preços mais competitivos no mercado mundial. Em 2016, o Brasil liderou o ranking global de produtividade florestal, com média de 35,7 m³ ha/ano no plantio de eucalipto e 30,5 m³ ha/ano no plantio de pinus, de acordo com os dados da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). A China está em segundo lugar com 29 m³ ha/ano (eucalipto) e 20 m³ ha/ano (pinus). Moçambique é o terceiro com 25 m³/ha ao ano (eucalipto) e 12 m³/ha (pinus).
A velocidade de crescimento da área de plantio é de 100 a 200 mil hectares/ano, variação que depende da demanda dos consumidores internacionais e das condições econômicas. O Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas prevê incremento de 2 milhões de hectares de florestas plantadas até 2030.
No Plano Agrícola e Pecuário (PAP 2018/2019) há linha de crédito de até R$ 5 milhões por projeto.
Política vem de 1970 – A política de Florestas Plantadas começou a ser implementada nas décadas de 1970/1980, baseada em incentivo fiscal para plantações de maciços florestais, sob administração do IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. Em agosto de 2008, foi criada no Ministério da Agricultura a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Silvicultura. A partir de 2011, novos debates resultaram no decreto 8,375, de 11 de dezembro de 2014, que transferiu o setor para o Ministério da Agricultura. Antes de 2014, algumas funções importantes, com exceção da política e do planejamento estratégico, já eram desempenhadas pelo MAPA, tais como o registro de mudas e o crédito florestal.
O decreto de 2014 transferiu integralmente para o Ministério da Agricultura o setor de florestas plantadas, incluindo a política e seus instrumentos. A Câmara Setorial de Silvicultura, com o nome atualizado para Florestas Plantadas, é presidida por Walter Vieira Rezende, representante da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA).