Desde às 7h desta quinta-feira, pelo menos 500 pessoas por dia passam a sofrer as conseqüências da decisão tomada pela direção da Santa Casa de Campo Grande de suspender as cirurgias eletivas e os atendimentos não urgentes.
A medida foi adotada para que não ocorra a suspensão total do atendimento à população, já que a Santa Casa está à beira da insolvência por conta do desequilíbrio econômico e financeiro do contrato que possui com a prefeitura de Campo Grande.
Esse foi o tema da coluna CBN em Pauta, do jornalista Edir Viégas, nesta quinta-feira (4). “Infelizmente, parece que o imbróglio está longe de ser resolvido. E por um motivo muito simples: a questão está sendo politizada pela prefeitura”, disse.
Na terça-feira passada, deveria ocorrer reunião entre o governador Reinaldo Azambuja, prefeita Adriane Lopes, secretários estadual e municipal de Saúde, direção da Santa Casa e membros do MPE .
Faltando 10 minutos para o encontro, este foi cancelado pela prefeitura, sem qualquer justificativa. Também não se buscou novo agendamento.
“Na tarde do mesmo dia, representantes da prefeitura reuniram-se com o MPE e apresentaram a contraproposta ao pedido do hospital de incremento na ordem de R$ 12 milhões: R$ 1 milhão. Total absurdo”, disse o jornalista.
Segundo ele, isso demonstra que o problema foi politizado pela prefeita Adriane Lopes. “O problema do transporte em Campo Grande, quando motoristas ameaçaram greve geral, só foi solucionado após a intervenção do governo do Estado. Por que no caso da Santa Casa, que é uma situação bem mais grave, a prefeitura optou por não buscar o diálogo?”, questionou Edir Viégas.
Veja a coluna na íntegra: