A três dias do início do verão, a estação considerada como a mais quente do ano, o meteorologista Natálio Abrahão, do Centro de Meteorologia da Uniderp, informou que novas ondas de calor estão previstas para Mato Grosso do Sul.
Abrahão destacou que o aquecimento das águas do oceano Pacífico, fenômeno conhecido por El Niño, está mais acelerado do que o convencional. Em pouco mais de seis meses, o aquecimento já é de 1,4 °C.
Como consequência, a região centro-sul de MS deve enfrentar um verão com tempestades e volume de chuva mais intensos do que nos últimos anos, incluindo ventos acima dos 70 quilômetros por hora – o que traz mais risco de quedas de árvores e outros transtornos.
O metorologista atua na área há quase cinco décadas e alerta que o poder público tem atuado, geralmente, em pós eventos climáticos e não em ações rotineiras de prevenção.
Em Campo Grande, por exemplo, "falta um Plano de Emergência, com a instalação de sensores de volume de chuva por regiões e/ou bairros, para análise direta dos dados pela Defesa Civil Municipal", diz o meteorologista.
Abrahão também cita que o Plano de Emergência para eventos climáticos deve ter o envolvimento direto da Secretaria de Obras – com atuação preventiva de enchentes e queda de árvores – e da Secretaria de Saúde e do Corpo de Bombeiros – com plano definido e detalhado para atendimento emergencial e prioritário à população.
Assista à entrevista realizada no Jornal CBN Campo Grande, nesta segunda-feira (18).
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