A família de Criskeila Veloso Gomes, de 21 anos, vive dias de angústia à espera de informações sobre o paradeiro dela. Criskeila é natural de Três Lagoas e mora há 12 anos na Austrália. O último contato dela com a família foi no dia 28 de novembro através de um aplicativo de mensagens. Desde então, a família e o namorado australiano não tiveram mais informações dela.
Em entrevista ao JPNews, a mãe da garota, Maria Aparecida Veloso, relatou que na última mensagem enviada a filha dizia: “Sua benção mãe, benção pai. ‘Tô’ com saudade. Te amo, viu? Te amo muito! Fiquem todos com Deus. Beijos”. “Estamos vivendo dias difíceis, mas todo dia oramos. Temos fé de que ela será encontrada com vida”, desabafa.
Criskeila mora atualmente em Brisbane e trabalha em um frigorífico. A jovem reside no país estrangeiro desde os 7 anos de idade, quando emigrou com os pais, um irmão e uma irmã. No ano passado, a família retornou para o Brasil e Criskeila e o irmão decidiram permanecer em Brisbane.
Na semana passada, Criskeila soube que havia conseguido o tão sonhado visto permanente. A conquista seria comemorada com o irmão, mas antes disso, ela desapareceu. “Após este último contato comigo, ela enviou uma mensagem para o irmão dizendo sobre o visto e que deveriam comemorar almoçando juntos no dia seguinte. Mas isso não aconteceu”.
Segundo a mãe de Criskeila, ela não tinha problemas com amigos estrangeiros nem com o namorado. A única queixa da filha era com o excesso de carga no frigorífico onde trabalha e, por isso, era vítima de preconceito entre os colegas. “Ela se sentia sobrecarregada por conta das ferramentas que carregava. Era muito braçal e ela se cansava bastante. Quando ela pedia para ir à enfermaria ou se reclamasse da sobrecarga, era sempre alvo de piadas. Acho que ela era vítima de preconceito por ser brasileira”, lamenta a dona de casa.
Buscas
Nas redes sociais, o apelo da irmã Criskelly e dos amigos brasileiros que moram na Austrália. Fotos e textos clamando por informações do paradeiro de Criskeila já foram compartilhados centenas de vezes por moradores de Três Lagoas e de todo o país.
Do lado de cá do oceano, a família três-lagoense cobra por mais informações e agilidade da polícia internacional e do frigorifico onde a filha trabalha. “A polícia pouco fala e alega que quanto menos informações nos repassam, melhor é para a investigação. Por outro lado, a gente aqui fica com o coração na mão a espera de informações. O frigorífico tem circuito de segurança em cada canto. Não é possível que ela não apareça em nenhuma das imagens. Ninguém a viu saindo? Isso não tem sentido! Minha filha está viva em algum lugar!”, clama a mãe.
Em uma rede social, o cônsul honorário do brasil em Queensland, Valmor Morais, disse que está acompanhando o caso sobre o paradeiro da jovem e que a polícia australiana está investigando o caso e faz buscas pela região.
Por perto
A jovem mantinha um namoro há seis meses com um australiano. Os planos eram de vir ao Brasil no ano que vem a passeio. Agora, o que a família mais quer, é tê-la para sempre por perto na casa da família, em Três Lagoas. “O que a gente mais quer ela pertinho”.