Familiares de Jânio Gomes do Nascimento, de 42 anos, encontrado morto no rio Paraná, entre Castilho (SP) e Três Lagoas (MS), estão em busca de esclarecimentos sobre o que pode ter ocorrido. De acordo com o boletim de ocorrência, o homem pulou no rio para fugir de uma abordagem da Polícia Militar Ambiental do estado de São Paulo.
Fernado Gomes Nascimento, irmão de Jânio, contou que a família está sem respostas. “O pessoal sabe que ele (Jânio) sempre foi trabalhador. Não teria porque correr, ter feito isso e pulado no rio sozinho, acredito que ocorreu outro fato, ele não se jogou. A polícia disse que ele chegou a tirar a camiseta. Mas, como na hora do desespero a pessoa vai tirar a camiseta para nadar? Não existe isso”, questionou.
Conforme apurado pelo Jornal do Povo, o caso ocorreu por volta das 9h, do dia 10 de janeiro, quando a polícia ambiental realizava uma fiscalização para coibir a pesca ilegal, devido ao período da Piracema, e flagrou Jânio pescando na região da Eclusa, na Usina Hidroelétrica da CTG, no rio Paraná, próximo à prainha do Jupiá, em Três Lagoas, e para fugir, ele pulou na água e desapareceu.
Segundo o relato dos policiais ambientais de São Paulo, durante a fiscalização no rio os militares desembarcaram na barreira de brita, que isola a eclusa, enquanto o barco retornava acompanhado a correnteza. Ao avistarem Jânio próximo das comportas da barragem deram ordens para que aguardasse a abordagem, mas ele não obedeceu, e atravessou a barreira de contenção e se jogou na água, tentando nadar em direção à margem de Três Lagoas.
Ainda segundo os militares, Jânio não conseguiu alcançar a margem e, desesperado, tenteou se agarrar no paredão que antecipa as comportas da eclusa, mas acabou se soltando e afundando. O Corpo de Bombeiros de Andradina (SP), a brigada de incêndio e salvamento de Castilho (SP), e os militares do 5º GBM de Três Lagoas iniciaram as buscas, que duraram, aproximadamente, 3 horas, quando o corpo de Jânio foi encontrado.
O limpador de piscina, Jânio Gomes do Nascimento, que completaria 43 anos no dia 14 de janeiro, era casado, e morava no bairro Vila Nova, em Três Lagoas. O corpo foi liberado pela Polícia Civil para ser encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), para necropsia. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Três Lagoas.
O capitão da Polícia Militar Ambiental de Andradina, responsável pelo pelotão que atua entre os dois estados, não concedeu entrevista à imprensa. A comandante da Polícia Militar Ambiental de Castilho também não quis se pronunciar e orientou que as informações sejam repassadas pelo Comando Geral da Polícia Militar Ambiental. Até o fechamento dessa edição não tivemos respostas.
Veja a reportagem abaixo: