Cento e cinquenta famílias selecionadas para receberem uma unidade habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, no loteamento Primavera, próximo ao Jardim das Violetas, em Três Lagoas, ocuparam neste domingo a área onde serão construídas as moradias. Elas aguardam há oito anos a conclusão desse processo. E prometem nesta semana iniciar a construção de barracos no terreno.
De acordo o líder do Movimento de Luta pela Moradia, Marcos Bocato, a ocupação começou com a demarcação dos terrenos, e tem como objetivo protestar e chamar a atenção das autoridades para a demora na execução de obras de infraestrutura- pré -requisito necessário para o governo federal liberar o recurso para a construção das casas-, além disso, ressalta que a intenção é proteger a área, bem como de reabrir um canal de diálogo com o município.
Segundo Marcos Bocato, a matrícula do loteamento já foi aprovada e liberada, ruas já foram abertas na área que eles conseguiram para a construção das unidades, e o recurso já está garantido. No entanto, para a Caixa Econômica Federal liberar a verba, a prefeitura precisa apresentar um projeto de drenagem de águas de chuvas e drenagem, e executá-los. Somente depois da conclusão desta obra é que a Caixa aprova o projeto na integra para, então, ser iniciada a construção destas casas.
Bocato informou que a prefeitura contribuiu para garantir a liberação das matrículas, e chegou a apresentar um projeto de construção de galeria de drenagem de águas pluviais no valor de R$ 25 milhões, mas o município não dispõe do recurso para executar a obra. Todavia, afirma que a drenagem que precisa ser executada no loteamento Jardim Primavera custa R$ 1,5 milhão. Por esse motivo, entende que o município já poderia ter providenciado essa obra, com um custo menor, para garantir o acesso a moradia dessas famílias.
O Jornal do Povo tentou falar com o secretário de Infraestrutura, Antônio Rialino, para saber a previsão para a execução dessas obras, mas não atendeu as ligações.