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Prejuízo

Ferrovia completa um ano desativada em Mato Grosso do Sul

Três mil caminhões deixariam de circular diariamente pelas rodovias com ativação da ferrovia

Vagões estão parados em ferrovia desativada em Mato Grosso do Sul  - Arquivo/JP
Vagões estão parados em ferrovia desativada em Mato Grosso do Sul - Arquivo/JP

Completou um ano que a ferroviária sob a concessão da ALL/Rumo, no trecho entre o município até Corumbá, está desativada. Nesse período, 350 funcionários foram demitidos. Além disso, segundo o integrante do Sindicato dos Ferroviários, Wiliam Álvaro Monteiro, a malha ferroviária está ficando sucateada e tomada por mato. Isso, futuramente, segundo ele, pode prejudicar no transporte.

Segundo informações divulgadas em portaria publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), somente em Três Lagoas, a empresa deixou 70 vagões parados, em Baurú, 36 e em Corumbá, 11 composições carregadas.

Recentemente uma empresa teve que entrar na justiça para garantir o transporte dos seus produtos, já que a empresa não cumpriu com o contrato para transportar a carga.

De acordo com Monteiro, algumas empresas que fizeram grandes investimentos, e se adequaram para ter os produtos transportados pela ferrovia, estão com uma demanda reprimida por conta dessa desativação.

Atualmente, a empresa opera apenas até o trecho de Três Lagoas, em razão do transporte de mercadorias das empresas de celulose instaladas no município.

Segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), que esteve em Três Lagoas, nesta terça-feira (31), a ativação da ferrovia em Mato Grosso do Sul pode proporcionar a retirada de cerca de três mil caminhões que circulam diariamente pelas rodovias.

Azambuja disse que o governo cobrou da ANTT o cumprimento de investimentos para a retomada da ferrovia. “Se isso acontecer, podemos retirar três mil caminhões diários da rodovia, descongestionando as vias e garantindo mais competitividade ao setor empresarial e de transporte”, destacou.

Para o governador, a ferrovia está parada por uma questão governamental. “O governo [federal] não cobra da concessionária a sua responsabilidade. Já fomos três vezes na ANTT, e o presidente da agência ficou de fazer o termo de compromisso entre a Rumo e governo do Estado para que possamos destravar essa malha ferroviária que é muito importante para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul”, destacou.