Trinta funcionários terceirizados da empresa Salustiano, prestadora de servido da América Latina Logística (ALL) estão com os braços cruzados desde ontem (16) por falta de pagamento, em Três Lagoas.
Em todo o País, as manifestações começaram no início da semana, conforme divulgou o Sindicato dos Ferroviários de Bauru e Mato Grosso do Sul.
Segundo o secretário do Sindicato no Município, Heraldo Antônio da Silva, a paralisação foi deflagrada em decorrência do não pagamento do salário referente ao mês de dezembro. “Como se trata de uma empresa terceirizada, contratada pela ALL, esta deve ser responsável por qualquer tipo de irregularidade. Neste caso, se a Salustiano não realizou o pagamento dos funcionários. É a ALL quem tem que arcar com toda a responsabilidade. Ela tem que pagar os servidores”, disse, em entrevista realizada ontem.
Na quinta-feira (15), a diretoria do Sindicato de MS protocolou um ofício no Ministério Público do Trabalho – a empresa, segundo a instituição, já havia sido oficiada sobre o assunto. Em Campo Grande, a classe também recordou de um Termo de Ajustamento de Conduta firmado no dia 5 de dezembro, em que a ALL se responsabilizou pelo pagamento – que está com 10 dias de atraso.
A previsão é que os funcionários retomem ao trabalho assim que o pagamento seja feito. “Em algumas cidades, principalmente do interior paulista, como os funcionários decidiram pela greve antes, o pagamento dos salários já foi feito. Mesmo assim, foi necessária a paralisação para que eles [servidores] pudessem receber”.
O pagamento de janeiro, referente a dezembro, seria a única reivindicação da classe, já que a data base para as negociações é em maio, explicou o sindicalista.
Os funcionários são responsáveis pela conservação da malha ferroviária de Três Lagoas e região. Conforme o secretário, sem eles, os reparos necessários demorarão ainda mais para serem feitos. “Uma paralisação resulta em mais demora na reparação de danos numa falha ferroviária que já não está boa e aumenta o risco de acidentes”, disparou Heraldo.
Até às 14 horas de ontem, a ALL ainda não havia se manifestado sobre a paralisação e o pagamento não havia sido feito pela empresa. (RP)