Fiscalização encontra 2 mil bovinos irregulares nas fronteiras de Mato Grosso do Sul

Equipes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS (Iagro) realizaram fiscalização em propriedades rurais, localizadas na região de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai. Essa operação, que durou 10 dias, identificou 2 mil bovinos em situação irregular. Essa condição é um problema, pois pode introduzir doenças no rebanho e não ocorrer o monitoramento adequado, prejudicando o setor pecuário no Estado.

A operação ocorreu por meio do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira), com a Operação Ronda Agro XXII no mês de julho. Além dos bovinos em situação irregular, os fiscais apreenderam 2,9 toneladas de produtos de origem animal que estavam sem os devidos registros. Houve ainda a identificação de embalagens de produtos de uso veterinário proibidos no Brasil, além de agrotóxicos ilegais.

A atuação dos fiscais cobriu 39 propriedades rurais e ainda abordou 135 veículos, entre eles embarcações. O trabalho ainda abrangeu a interdição de dois estabelecimentos comerciais.

"Se considerarmos que o trânsito irregular de mercadorias agropecuárias é a principal forma de introdução de pragas e doenças em áreas livres, as ações de combate a ilícitos transfronteiriços com animais, vegetais, seus produtos e insumos agropecuários se tornam fundamentais para a manutenção da saúde dos rebanhos e sanidade das lavouras brasileiras", explicou o auditor fiscal federal agropecuário, Marcos Eielson. 

Por conta dos flagrantes de irregularidades, 56 autos de infração foram lavrados, o que representou em quase R$ 1 milhão de multas. No total de produtos apreendidos, o valor aproximado é de R$ 44 mil em mercadorias. A Polícia Civil também foi acionada para investigar atuações ilícitas relacionadas ao contrabando.

Os agentes públicos informaram que além dessa operação de grande alcance, outras atividades vão ser realizadas nas áreas de fronteira. Essas medidas são necessárias para garantir que Mato Grosso do Sul mantenha a situação da área livre da febre aftosa e sem a necessidade de vacinação.