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Corumbá

Fronteira do Brasil com Bolívia ainda não tem protocolo para entrada de estrangeiros

Na região, há intenso fluxo de bolivianos, haitianos e venezuelanos 

Rodovia Ramão Gomes, que liga Brasil a Bolívia a partir de Corumbá. - Rodolfo César
Rodovia Ramão Gomes, que liga Brasil a Bolívia a partir de Corumbá. - Rodolfo César

A Prefeitura de Corumbá e a Polícia Federal na fronteira do Brasil com a Bolívia ainda não receberam do Governo Federal protocolos a serem seguidos com relação a controle de imigrantes que estejam ou não vacinados contra a covid-19.

Nessa área de fronteira, o fluxo de imigrantes está concentrado em bolivianos das cidades de Puerto Quijarro, Puerto Suárez e de algumas cidades do distrito de Santa Cruz. Ainda há haitianos que têm permissão para viver no Brasil e a vinda de venezuelanos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu entendimento nesta semana que será preciso exigir carteira de vacinação para quem quer entrar no Brasil. O ministro Luis Barroso determinou que o comprovante de vacina para viajante que chega do exterior no Brasil só pode ser dispensado por motivos médicos, caso o viajante venha de país em que comprovadamente não haja vacina disponível ou por razão humanitária excepcional.

Barroso deferiu parcialmente cautelar pedida pelo partido Rede Sustentabilidade na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 913. O ministro pediu que a decisão seja enviada para referendo em uma sessão extraordinária do plenário virtual da Corte.

A Secretaria Municipal de Saúde solicitou à Casa Civil orientação sobre o procedimento a ser adotado, mas ainda não houve resposta do governo federal. O governo do Estado também não encaminhou nenhum procedimento específico com relação a esse controle de biossegurança.

A delegacia da Polícia Federal em Corumbá foi consultada sobre o tema e informou que aguarda orientações. A partir do dia 18 de dezembro é aguardada uma portaria sobre essas regras.

Vacinação na Bolívia

No país vizinho, a vacinação começou a ser feita em crianças de 5 a 11 anos com dose da Sinopharm. As outras vacinas que são aplicadas na Bolívia envolvem Sputinik V, Astrazeneca, Pfizer e Janssen. Ainda há a previsão da chegada de doses da Moderna.

A diretora do hospital Princípe de Paz, em Puerto Quijarro, Gonzales Reveca, informou nesta segunda-feira (13) à tarde que há doses disponíveis para o reforço e a aplicação em crianças de 5 a 11 anos. Ela informou que os pais desse público deverão assinar termo disponível no hospital.

Em Puerto Quijarro, há 27 casos ativos de covid-19 até agora e não houve registro da variante ômicron na região.