A pessoa que teria conseguido comprar a vacina contra a Covid-19, em Três Lagoas, seria um funcionário da Justiça, segundo consta no boletim de ocorrência registrado na delegacia de Polícia Civil.
No boletim, porém, não informa de qual órgão é o servidor, que teria pago R$ 1,5 mil por duas doses da vacina, cuja venda segue proibida. A distribuição é feita pelo governo federal, através do Ministério da Saúde aos estados, que repassam aos municípios.
Ofício da 9ª Promotoria de Justiça de Três Lagoas, encaminhado a Polícia Civil, solicita a instauração de inquérito policial para apurar o fato denunciado através de um vídeo, no qual uma funcionária da saúde não aplicou devidamente a vacina de Covid em uma idosa. A enfermeira injetou a agulha, mas não teria apertado o êmbolo da seringa, que estava sem o líquido.
Além disso, o Ministério Público recebeu denúncias de que pessoas fora dos grupos prioritários que teriam adquirido vacinas e foram imunizados. A exemplo, de um funcionário da Justiça, que teria pago R$ 1,5 mil por duas doses.
A Polícia Civil tem 30 dias para concluir o inquérito policial. O Ministério Público qualificou a ocorrência como tentativa de homicídio qualificado no emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso.