No próximo mês vai completar um ano que os trens deixaram de circular pelo perímetro urbano de Três Lagoas. O contorno ferroviário entrou em funcionamento no dia 16 de dezembro de 2014. Passado quase um ano, ainda não se tem uma definição do que será feito na área de servidão dos trilhos por onde os trens circularam desde o surgimento da cidade.
Há anos a população de Três Lagoas aguardava pela construção do contorno ferroviário para por fim as manobras dos trens no perímetro urbano. A desativação da linha férrea no centro da cidade foi comemorada por muitos moradores, principalmente por aqueles que residem do outro lado da cidade. Aliás, o termo “ outro lado da cidade” era para ter deixado de existir com a mudança do traçado ferroviário, o que não correu até hoje, já que nada foi feito desde a inauguração do contorno ferroviário.
Parte dos trilhos do perímetro urbano chegou a ser retirada para ser reaproveitada no pátio de manobras do novo traçado ferroviário. Entretanto, nada mais que isso foi feito. Pelo contrário, a área de servidão dos trilhos está completamente tomada pelo mato, sem nenhuma manutenção, já que a empresa América Latina Logística (ALL) é responsável pela conservação da área operacional.
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A prefeitura chegou a falar na possibilidade de ser construída uma avenida seguindo o traçado da linha férrea que corta a cidade, começando na BR-262, nas proximidades do Residencial Novo Oeste, passando pelo centro da cidade, chegando até o bairro de Jupiá. Ainda foi cogitada a possibilidade dos trilhos permanecerem e ser utilizado um trem urbano como meio de transporte dos passageiros. Também chegou a ser falado sobre a realização de um estudo para a definição e o melhor o reaproveitamento dessa área, assim como de uma audiência pública para discutir com a população o futuro desta área. No entanto, nada disso avançou.
Ao término do seu mandato, o ex-governador André Puccinelli, disse que deixaria um projeto pronto para o município do que poderia ser feito no local. A intenção era de que o mesmo projeto implantado em Campo Grande após a retirada dos trilhos, que resultou na Orla Morena, pudesse ser executado em Três Lagoas.
