O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Estado e o Gaeco do Paraná deflagraram nesta quinta-feira (1º) a Operação Água Benta para cumprimento de sete mandados de prisão preventiva, quatro mandados de condução coercitiva e nove de busca e apreensão em Três Lagoas, Campo Grande, Dourados, Brasilândia, Cassilândia e Corumbá.Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Segundo o MP, a organização criminosa investigada desviava cargas – a maioria de alimentos -, por meio do aliciamento de motoristas, que eram contratados por transportadoras. Para tanto, os caminhões da organização criminosa eram registrados em nome destes motoristas, como autônomos.
Ainda de acordo com o Ministério Público, com caminhões carregados e com diárias adiantadas para o transporte, motoristas ligados à quadrilha repassavam informações sobre o destino do carregamento.
O MP afirma que para cada tipo de mercadoria desviada havia um receptador específico. A partir do desvio, os motoristas eram orientados a registrar boletim de ocorrência falso, noticiando que haviam sido roubados. “Alegavam falsamente no registro policial que eram obrigados a ingerir um líquido amargo e por essa razão dormiam por muito tempo e quando acordavam, estavam em local ermo e atordoados, daí o motivo do nome da operação”, diz o MP.
Para o registro dos boletins de ocorrências falsos, que eram registados em unidades policiais do Paraná e São Paulo, contavam com a participação de policiais civis desses Estados. (Com informações do Ministério Público)