O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, discorda da tese defendida pelo ex-ministro da Saúde e deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) na live RCN e CBN em Ação 2020, de que o isolamento vertical seria a melhor medida para enfrentar a pandemia. Na visão do secretário, se MS tivesse seguido o modelo, estaríamos num cenário, definido por ele, como “dantesco”.
“Nenhum país do mundo adotou a tese da imunidade de rebanho. Com a teoria da imunidade de rebanho teríamos o cenário dantesco da escolha de quem deveria ser salvo, ou não. Não teríamos tempo hábil para habilitar novos leitos de UTI”, rebateu Geraldo.
Ainda segundo o secretário, a pandemia deixará um legado na saúde tanto do Estado, quanto do país. “Tínhamos problemas crônicos de saúde e a pandemia deixa o legado de resolver estes problemas. Conseguimos mais 269 leitos de UTI para o Estado dentro da rede pública e privada, somados aos 500 que já tínhamos”, avalia.
Resende questionou o ex-ministro sobre qual avaliação que ele faz das gestões anteriores a do ministro interino General Eduardo Pazuello, uma vez que Ricardo Barros disse que agora o ministério está no caminho certo. “Quer dizer que as decisões tomadas antes não estavam corretas? Qual avaliação o senhor faz? ”, indagou.
Barros respondeu afirmando que agora o ministério avalia cada Estado como um cenário independente, lembrando que agora no site oficial do órgão há uma tabela exclusiva para cada ente federativo.
Companheiros de trabalho
Resende fez questão de ressaltar que foi durante a gestão de Ricardo Barros na Saúde que MS conquistou recursos federais para construção do Hospital Regional de Dourados, além da resolução de uma novela que durava quase 20 anos em Campo Grande, o funcionamento do Hospital do Trauma.