Representantes da empresa chinesa Sinopec – uma das empresas que formavam o Consórcio UFN 3 – estiveram nesta terça-feira (26) em Três Lagoas para tratar de uma possível retomada de obras da fábrica de fertilizantes nitrogenados da Petrobras, paralisadas desde dezembro de 2014.
A instalação da fábrica consumiu mais de R$ 3 bilhões e estaria em 85% de seu cronograma concluídos.
Os empresários pediram sigilo sobre a reunião e não permitiram, inclusive, o registro fotográfico do encontro com o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, André Milton.
De acordo com o secretário, a Sinopec "busca uma solução amigável para o litígio e estuda mudanças políticas que ocorrem no Brasil e na Petrobras".
A reportagem apurou que a Sinopec tem a intenção de adquirir a UFN3. Entretanto, está no aguardo de definições para tomar decisões. A Petrobras afirmou em repetidas notas enviadas ao JPNews que estuda "outras estruturas de negócios que viabilizem a conclusão da fábrica, desde que não onerem a companhia".
Neste caso, a Sinopec poderia ser sócia da Petrobras na conclusão da fábrica. Ou, a empresa chinesa poderia comprar a UFN 3, já que a estatal não incluiu essa fábrica nos planos de investimentos para os próximos anos.
MINISTRO
Nesta semana, o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaime Verruck e o presidente da Federação das Indústrias do Mato Grosso do Sul (Fiems), Sérgio Longen, se reuniram com o novo ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, para tratar de alguns assuntos, e a retomada da UFN 3 foi um deles.
Segundo o presidente da Fiems, o ministro está disposto a sentar à mesa para discutir os grandes projetos e também os gargalos de Mato Grosso do Sul. “Quer seja a implantação da Rota Bioceânica, quer seja a situação do gás natural importando da Bolívia, que já nos preocupa, ou a retomada da obra de construção da UFN3 . Nessa questão, ele já de pronto se dispôs a abraçar a causa, ou seja, de início nós já saímos dessa reunião com uma grande expectativa de ações concretas para a continuidade do nosso desenvolvimento”, destacou Longen.