O caso aconteceu na última semana de julho, quando um pecuarista de Araçatuba, de 26 anos procurou a delegacia de Polícia Civil daquele município para denunciar a perda de R$228 mil na compra de 120 novilhas que estariam em uma fazenda no estado de Rondônia.
Ainda de acordo com as informações a transação econômica se deu por intermédio de um corretor de Três Lagoas, que junto ao falso proprietário do rebanho negociavam compra do gado. A vítima relatou que foi procurado por um conhecido, de 28 anos, que também atua como corretor de gado em Três Lagoas (MS), e ofereceu um lote com 120 novilhas de dois anos, com média de 11,8 arrobas por cabeça. Eles fecharam negócio pelo valor de R$ 228 mil.
O primeiro pagamento foi de R$118 mil na conta do falso proprietário do rebanho, a vítima chegou mandar dois caminhões para buscar o gado. Neste período, o corretor de Três Lagoas pressionou para que o homem fizesse o pagamento do restante do valor. A vítima ainda conta que chegou receber as fotos do rebanho embarcando. No entanto, só descobriu que foi vítima de um golpe, quando o verdadeiro dono do rebanho não liberou a saída dos animais, por que não constava nenhum depósito em sua conta.
O valor de R$ 118 mil havia caído na conta de um homem que estava comprando as 120 novilhas do verdadeiro dono para intermediar o negócio, e para ganhar tempo, havia efetuado depósitos falsos para o verdadeiro proprietário. Como não viu o dinheiro em sua conta, ele mandou desembarcou todo o gado. Os motoristas entraram em contato com o contador do corretor de Araçatuba para informar o ocorrido.
Foi apurado inicialmente que parte do dinheiro (R$ 118 mil) foi para a conta de um homem que havia feito a promessa de vender o gado para o verdadeiro proprietário, inclusive se passando como se fosse o dono. Outros R$ 110 mil foi para conta do corretor de Três Lagoas, que repassou R$ 30 mil para este homem. O corretor de Três Lagoas acabou registrando um boletim de ocorrência em Ouro Preto (RO), informando que teria comprado um gado para revender ao araçatubense e que a pessoa que se passava pelo dono do rebanho era na verdade um intermediário, que teria feito os depósitos falsos ao proprietário do gado. A Polícia Civil vai investigar o caso.