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Investigação

Homem usa nome de pessoa desaparecida há 38 anos para pedir RG

Policiais descobriram a fraude e o suspeito acabou preso

Home é preso ao pedir RG novo em nome de desaparecido - Divulgação
Home é preso ao pedir RG novo em nome de desaparecido - Divulgação

Um homem foi preso após usar nome de uma pessoa desaparecida, na tentativa de retirar um novo RG (Registro Geral de Identificação), na cidade vizinha de Selvíria, a 80 km de Três Lagoas.

A Polícia Civil informou que, em 23 de agosto deste ano,  um homem com uma certidão de nascimento procurou a delegacia, se passando por Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon (desaparecida no ano de 1985). Após o homem registrar o pedido de 1ª via do RG, com domínio em Mato Grosso do Sul, foi feita consulta junto ao Cartório de Registros Civis da cidade de Santa Fé do Sul (SP), município onde foi emitida a certidão de Março Aurélio.

Para o papiloscopista da Delegacia de Selvíria, o cartório paulista atestou ser verdadeira a certidão e o servidor deu prosseguimento no pedido, coletando as digitais e foto do homem que buscava por uma cédula de RG. No dia 13 de setembro, o suspeito ligou na delegacia para consultar se a cédula de RG havia chegado. Ao checar o pedido, o papiloscopista percebeu que no site do governo havia um alerta, informando que o homem que havia pedido o RG se chamava T.S.G e já tinha documento em Mato Grosso do Sul. 

O homem foi chamado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi questionado sobre o fato de ele estar usando o nome de uma pessoa que desapareceu em 1985, para conseguir uma nova folha de RG, se já era registrado no estado. Para os policiais, o homem relatou que teria conseguido o documento após pesquisar na internet sobre a história da criança desaparecida em 1985, sendo Marcos Aurélio Bezerra Bosaja Simon, caso que ficou conhecido como o "escoteiro desaparecido". Segundo o suspeito, após saber da história teria ido ao cartório de Santa Fé do Sul (SP), deu o nome do desaparecido, dos pais da vítima, e conseguiu o documento.

O suspeito recebeu voz de prisão por falsidade ideológica e foi levado a uma carceragem da delegacia. Segundo a Polícia Civil, o crime de falsidade ideológica pode acarretar até cinco anos de prisão.