A Polícia Militar foi chamada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) após uma pessoa dar entrada na emergência com um ferimento causado por disparo de arma de fogo, no final da noite desta quarta-feira (6) em Três Lagoas.
A vítima do sexo masculino tem 30 anos, e chegou a pé na unidade médica relatando que havia levado um tiro no braço. A PM foi chamada e em conversa com os militares a vítima relatou que estaria caminhando pela rua Maria Guilhermina Esteves, quando teria sentido uma ponta no braço e percebido que estava sangrando.
Devido a uma denuncia de troca de tiros minutos antes no Cinturão Verde, os militares não levaram a sério a primeira versão dada pela vítima e continuaram a questionar o homem sobre o local exato de onde ele teria sido alvejado. Após perceber que não conseguiria manter a primeira versão, a vítima começou a relatar que estava sonolenta e com dores.
A equipe da Rádio Patrulha pediu a documentação da vítima para fazer uma busca no banco de dados e após uma consulta no sistema da Secretaria de Justiça Segurança Pública (Sejusp) foi descoberto que o nome repassado, na verdade era do irmão da vítima, ao ser questionado a vítima relatou que estava sob benefício da justiça e estava cumprindo prisão domiciliar, sendo impedido de estar na rua naquela hora da noite.
Após perceber que teria sido descoberto pelos policiais a vítima relatou que o autor do tiro seria um homem de apelido “Kaká”, e que o disparo teria ocorrido após uma discussão entre a vítima e a mãe do autor do tiro, e que a motivação da discussão teria sido por conta de uma bicicleta. A vítima relatou também que o local verdadeiro onde tudo teria acontecido seria nas proximidades do Crase Coração de Mãe, entre o bairro Parque São Carlos e Guanabara, na zona Sul de Três Lagoas.
Após ser medicado e receber voz de prisão pelo descumprimento da prisão domiciliar e pela falsidade ideológica na tentativa de enganar os policiais, a vítima foi registrada e algemada enquanto aguardava sua transferência para o H.A (Hospital Auxiliadora), para ser submetido a uma pequena cirurgia para a retirada do projétil. O boletim de ocorrência foi registrado na Depac Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário.