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Três Lagoas

Hospital Auxiliadora quer mais R$ 300 mil por mês para manter serviços

Aumento do repasse ajudaria a manter atendimento do SUS, por exemplo

Eduardo Ottoni durante apresentação do balanço do HA - Elias Dias
Eduardo Ottoni durante apresentação do balanço do HA - Elias Dias

A direção do Hospital Auxiliadora quer, pelo menos, mais R$ 300 mil/mês para manter os serviços oferecidos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), através da Gestão Compartilhada com o município. Atualmente, o hospital recebe R$ 2,7 milhões por mês das três esferas, municipal, estadual e federal para atender aos pacientes do SUS. O custo, no entanto, somente com atendimento dos usuários do SUS, segundo o diretor administrativo do hospital, Eduardo Ottoni, chega a R$ 3,1 milhões/mês.

O contrato da Gestão Compartilhada entre o hospital e o município encerra neste mês de janeiro. Por esse motivo, a direção do hospital já encaminhou um ofício para a Secretaria Municipal de Saúde solicitando uma reunião para discutir o novo contrato.

Ottoni disse que, pelos índices de inflação, o hospital não consegue mais continuar mantendo os mesmos serviços pelos mesmos valores aos pacientes do SUS. Por esse motivo, disse que vai sugerir que o município cubra esse déficit para continuar mantendo os serviços que são oferecidos gratuitamente aos usuários do Sistema Único de Saúde. Além, disso, informou que vai propor ao município, novos serviços para serem oferecidos aos pacientes do SUS. Entretanto, para isso, o município terá que repassar mais recursos.

Durante encontro realizado na manhã de ontem, com a participação da imprensa e representantes da sociedade civil organizada, Eduardo Ottoni apresentou dados dos serviços oferecidos no hospital nos últimos dois anos e das metas para 2015, bem como das receitas e despesas da unidade.

De acordo com o diretor, há cerca de dois anos, o hospital vem desenvolvendo uma ação para resgatar a imagem do Auxiliadora, que existe há 95 anos em Três Lagoas. Com as melhorias, o diretor disse que houve um aumento considerável no número de atendimentos nos últimos dois anos. No Pronto Socorro, por exemplo, por mês, o hospital atendia cerca de nove mil pacientes do SUS, atualmente esse número saltou para 19 mil pessoas.

O número de procedimentos cirúrgicos passou de 400 para 600 atendimentos/mês. Internações saltaram de 500 para 1.000/mês. Antes, o hospital contava com 100 médicos cadastrados, hoje esse número saltou para 147 profissionais atendendo no hospital. O aumento no número de atendimentos, segundo o diretor, deve-se a qualidade dos serviços oferecidos e o reconhecimento da população.

PROJETOS

Segundo o diretor, existem novos projetos em discussão para serem colocados em funcionamento a partir de 2015. Mas, para isso, destacou que são necessárias parcerias, ou seja, recursos para se tornarem viáveis. Entre os projetos previstos para começar neste ano, está à instalação da UTI Neonatal, atendimento de alta complexidade em ortopedia, ampliação no número de leitos, mutirão para a realização de cirurgias eletivas, instalação de um complexo em cardiologia, entre outros serviços.