O Hospital Regional de Três Lagoas nasceu como decorrência imperiosa da implantação do curso de Medicina da UFMS, concebido pelo então pró-reitor da univiversidade para as áreas de Pesquisa, Pós Graduação e Inovação, o saudoso professor Dercir Pedro de Oliveira, que atuou intensamente antes desta investidura nesta função em Três Lagoas. Assim é que começou a história do Hospital Regional.
Depois a luta para encontrar-se um terreno, porque as Centrais Elétricas de São Paulo travou uma negociação com a municipalidade em terreno em frente o Campus II da UFMS. E ai, surgiu à doação de uma área de propriedade do empresário Magid Thomé Filho, onde está sendo construído o Hospital Regional, aliás em fase de conclusão, sendo que 91,62% das obras estão executadas como informa o governo estadual. Está paralisado o andamento da construção porque a empresa contratada para concluir sua execução
Mais 36,6 milhões de reais estão destinados à aquisição de equipamentos que estão em fase de licitação que inclui, 3.667 itens. Como se vê trata-se de um processo que deve observar os trâmites da legislação vigente para não sobrepor ao estabelecimento das vias legais. É verdade que sua construção desde o seu lançamento arrasta-se há quase sete anos. E como não poderia deixar de ser criou uma grande ansiedade no seio da sociedade civil de Três Lagoas, que vê na sua conclusão e funcionamento um verdadeiro salto na melhoria da qualidade da saúde em Três Lagoas e na região da Costa Leste. Ninguém duvida que em um futuro próximo Três Lagoas será centro de referência no atendimento médico – hospitalar.
O fato é que a empreiteira vencedora do certame licitatório foi a única empresa que apareceu para disputar a execução dessa obra, ofertando um preço que atendia o previsto na chamada do edital. Não foi á toa que muitos empresários da construção civil à época disseram que o valor atribuído e aceito pela própria empresa vencedora não seria suficiente para a conclusão de obras civis do hospital. Dito e feito. Não sabemos se esta já obteve reajuste de até 25% sobre o valor da obra, que geralmente é permitido de acordo com a Lei de Licitações. O fato é que a empresa se vale de uma situação circunstancial para travar a conclusão e entrega da obra. É sabido que todo processo de aceitação para reajuste de obras públicas deve e tem que obedecer ao processo legal, que inclui a avaliação e a comprovação da pretensão.
As manifestações que se colhe no seio da comunidade três-lagoense são de inconformismo, ainda mais nestes tempos bicudos quando muitos sem avaliar as causas reprovam pessoas, governantes e tudo mais que acham que devem reprovar, mesmo que inopinadamente. Mas, apesar de tudo, não deixa de ser legítima a manifestação sensata de que o Hospital Regional precisa ser concluído este ano, ainda mais quando vivemos uma pandemia cruel que já ceifou mais de 320 mil vidas. E que promete neste mês de abril ser tão assustadora como foi em março.
Roguemos que os nossos governantes sejam inspirados a tomarem as decisões mais acertadas no âmbito da saúde pública e que o Hospital Regional de Três Lagoas seja brevemente concluído e entre em funcionamento para poder socorrer os afetados pelo vírus maldito e atender os alunos do curso de medicina em suas atividades complementares de formação profissional