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Identificados golpistas que tinham como alvo pacientes internados

Golpistas agiam em Três Lagoas e do interior de presídio em CG

 

Através de investigações da Delegacia Regional de Polícia de Três Lagoas, foram identificados golpistas que agiam de Três Lagoas e no interior do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande, para aplicar golpes em parentes de pacientes internados em hospitais da capital do Estado de São Paulo.

Golpe

Criminosos conseguiam telefones de hospitais de São Paulo e ligavam pedindo que transferisse a ligação para o quarto de pacientes. Passavam-se então por médicos que atenderam os pacientes e solicitavam valores que seriam utilizados na aquisição de remédios caros que o plano de saúde não cobria. As famílias, já fragilizadas com o estado de saúde de seus entes queridos, não hesitavam em depositar os valores solicitados.

A Polícia Civil constatou que o golpe partiu do interior do presídio de segurança máxima de Campo Grande, feito pelo presidiário Ederson Romão dos Santos, 30 anos, que é três-lagoense, morador no Jardim Alvorada, e que hoje cumpre pena por tráfico de entorpecente. Ele também responde pelos crimes de porte ilegal de arma, desacato, e dano, na pratica do golpe forneceu a conta corrente da sua companheira, L.A.G.B. de 31 anos de idade, moradora em Três Lagoas, que sacou o dinheiro e repassou ao suspeito.

As investigações também levaram a Wagner Pereira de Souza, 27 anos, o qual tem antecedentes criminais por crimes de Roubo, tráfico de drogas e violência doméstica. O suspeito que morava no bairro de Interlagos, em Três Lagoas,  após sacar o dinheiro do golpe mudou-se para Corumbá.

Casos

Segundo relatos de Raildo Pereira Lemos, morador em São Paulo, sua esposa encontrava-se internada no hospital “A.C.Camargo Câncer Center” no bairro da Liberdade, um homem ligou no quarto do hospital e identificando-se como sendo o médico que participara da cirurgia, oportunidade em que informou que a cirurgia tinha transcorrido conforme o esperado e que sua esposa tinha que tomar importante medicação pós-operatório a qual deveria ser adquirida pela família com urgência.

O suspeito que passava pelo médico, disse que havia conseguido um desconto especial junto ao laboratório e que deveria ser depositada a importância de R$1.370,00 em uma determinada conta corrente, o que foi feito. No dia seguinte, o médico da paciente foi examiná-la no quarto, oportunidade em que informou não ter feito qualquer ligação pedindo remédio, mesmo porque esse não é o procedimento adotado. Somente então constataram o golpe.

De acordo com Juliana Nicolielo Mendes Peres, 31 anos, moradora em São Paulo-SP, informou que sua filha S.T.M.P. estava internada no “A. C. Camargo Câncer Center”, e recebeu uma ligação onde uma pessoa se passou pelo médico Paulo Roberto Stevanato Filho, informando que o plano de saúde da família não havia autorizado à liberação da medicação. A família fez o depósito de R$ 2.860,00, numa conta corrente do Bradesco de Três Lagoas, em nome de uma mulher que seria a proprietária do laboratório que forneceria os medicamentos.

A Delegacia Regional determinou a instauração de inquérito policial para responsabilização de todas as pessoas que direta ou indiretamente colaboraram para a consumação do delito.