Um vídeo divulgado pela Polícia Civil, de imagens do circuito de segurança de um estabelecimento comercial, mostram o momento em que um suposto suspeito de homicídio foge em uma bicicleta após o crime. O homem que aparece nas imagens é investigado por executar o trabalhador Francisco Guitemberg Pinto, de 53 anos, no bairro Jardim Ipacarai, em Três Lagoas, com, pelo menos, 14 disparos. O fato ocorreu em plena luz do dia, no último dia 21 de dezembro.
As imagens foram encaminhadas para o Setor de Investigações Gerais (SIG) da Polícia Civil e apontam que o suspeito que foge em uma bicicleta seria quem efetuou os disparos. "Nós estamos fazendo toda a investigação. Mas as imagens de segurança revelam que o homem que aparece fugindo no exato momento em que Francisco foi morto é o mesmo quem disparou contra a vítima. Também estamos analisando outras imagens de segurança da região, que apontam para o suspeito", declarou o delegado Ailton Pereira, titular do SIG.
O caso ganhou repercussão na cidade pela forma cruel em que a vítima foi assassinada. Nesta terça-feira (27), ao completar uma semana do homicídio, a Polícia Civil e a Polícia Militar realizaram uma coletiva à imprensa para dar detalhes da investigação, Quatro pessoas de uma mesma família foram presas temporariamente por 30 dias suspeitas de envolvimento na morte do trabalhador. Três mulheres e um homem estão na lista.
MOTIVAÇÃO
A principal motivação do crime, segundo a Polícia Civil, foi vingança. Isso porque Francisco foi acusado por uma mulher, de 41 anos, de violência sexual. Tios e sobrinhos teriam ficado revoltado com a situação e "fizeram justiça com as próprias mãos", segundo o delegado.
A mulher, que alega supostamente ter sofrido violência sexual por Francisco, foi vista no local por testemunhas minutos depois da execução e antes dos policiais chegarem. Conforme as investigações ela mora na mesma rua da vítima. A mulher sustenta que Francisco teria invadido a casa dela em uma madrugada, após retornar do trabalho, e a violentou sexualmente. As outras pessoas envolvidas com o homicídio teriam visto este fato e passaram a fazer ameaças contra Guitemberg.
Durante depoimento à polícia, todos os suspeitos negaram o envolvimento no crime.
Confira a reportagem abaixo: