O Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) vistoriou a área onde será instalada a fábrica de celulose da Arauco, em Inocência, na região Leste do Estado. De acordo com a fiscal do Imasul, Delia Villamayor Javorka, também foi emitido o Termo de Referência com as diretrizes que deverão ser apresentadas pelo empreendedor.
“O Termo prevê quais as diretrizes, os planos, os projetos, o que serão mitigados diante dos impactos ambientais”, explicou Délia. O estudo de impacto ambiental leva, pelo menos, seis meses para ser concluído, já que é preciso analisar o levantamento da fauna e flora no período de chuva e seca. “O estudo deve apontar os impactos positivos e negativos do empreendimento, e as medidas mitigadoras”, destaca.
Ainda de acordo com a fiscal do Imasul, a área apresenta critérios de viabilidade para a instalação da fábrica de celulose. O empreendimento foi anunciado em junho deste ano, quando o Grupo Arauco assinou Termo de Acordo com Governo do Estado para investir US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 15 bilhões) na instalação da fábrica de celulose em Inocência.
A previsão é que as obras tenham início em 2025 e a fábrica entre em operação no primeiro trimestre de 2028, com capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas/ano de celulose de fibra curta. Atualmente, a empresa opera no setor de celulose no Chile, Argentina e Uruguai.
FÁBRICAS
Mato Grosso do Sul conta atualmente com três fábricas de celulose instaladas e em operação no município de Três Lagoas: uma da Eldorado Brasil, com capacidade de produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano; duas da Suzano, que produzem 3,25 milhões de toneladas por ano. A Suzano iniciou a construção de mais uma fábrica no Estado, em Ribas do Rio Pardo, que será a maior planta industrial de celulose do mundo, produzindo 2,55 milhões toneladas/ano.