O impasse entre a Santa Casa de Campo Grande e a prefeitura municipal pode ser finalizado na próxima sexta-feira (12), data-limite para o município apresentar uma devolutiva sobre a renovação do contrato. Na última sexta-feira (5), representantes do Ministério Público e do hospital tiveram reunidos diante da suspensão dos atendimentos não emergenciais.
De acordo com a Santa Casa, são realizadas em média 380 consultas diárias no ambulatório geral e 134 no ambulatório de ortopedia, além das 200 consultas para cirurgias eletivas. No mês, são 4.480 atendimentos ambulatoriais, 3.863 procedimentos cirúrgicos e 1.1873 exames.
Em nota, o hospital afirmou que uma nova proposta foi apresentada ao município, mas em acordo com ambas as instituições, os valores atuais apresentados não serão divulgados até a finalização das tratativas.
“A Santa Casa de Campo Grande informa que foi realizada na manhã dessa sexta-feira, 5 de agosto, no Ministério Público, uma reunião sobre a discussão da renovação do contrato com a Prefeitura de Campo Grande, em que foi apresentada pela direção do Hospital uma forma de obter recursos que viabilizará a solução do impasse e ficou pactuado que a Prefeitura terá até o dia 12 de agosto de 2022 para analisar e dar devolutiva, dia em que será debatido a finalização do contrato. Ainda na oportunidade, também foi solicitada pela Santa Casa a assinatura de um termo aditivo, como medida emergencial, de 60 dias para continuidade dos serviços médico-hospitalares”, afirmou a nota.
Conforme noticiado anteriormente pelo jornal CBN Campo Grande, desde a quinta-feira (04), a Santa Casa suspendeu os atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas, atendendo apenas casos considerados de urgência e emergência.
Para firmar novo contrato, a proposta da Santa Casa é de R$ 35,9 milhões mensais, baseada no Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), indicador de preços auferido mensalmente usado para medir a inflação, em que “a simples correção do valor do contrato de 2019 elevaria o montante para R$ 38.400.000,00 mensais, portanto 2,5 milhões a menos”, explicou o presidente do hospital, Heitor Freire.
Sem salário
O Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS) convocou uma assembleia com os profissionais nesta segunda-feira (8), devido ao atraso no pagamento dos salários. Mais uma situação que o hospital enfrenta com a falta da renovação do contrato.