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Divisão

Impeachment divide OAB-MS e Corcioli diz haver elementos jurídicos contra Dilma

Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Três Lagoas é favorável ao afastamento da presidente

Antonio Corcioli é presidente da OAB em Três Lagoas - Claudio Pereira/JP
Antonio Corcioli é presidente da OAB em Três Lagoas - Claudio Pereira/JP

O apoio ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) tem gerado polêmica e causado divisão na Ordem dos Advogados de Mato Grosso do Sul (OAB-MS). Uma bancada de advogados diz ser contrária ao afastamento e contesta o posicionamento da instituição. Tanto que já promoveu um abaixo-assassinado, no estado, com mais de 100 assinaturas questionando a decisão.

Do outro lado, membros da instituição e juristas, como o presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Três Lagoas, Antônio Carlos Corcioli, declaram ser favoráveis ao impeachment e seguem firme no posicionamento já também estabelecido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Acampamos contra a corrupção. Nossa posição é legítima pois, várias situações que estão ocorrendo nos últimos dias já demonstram o que está por trás desse governo”, destacou o presidente ao JP News.

Corcioli frisa também que há elemento jurídico para o impeachment, como a delação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), os grampos telefônicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras provas coletadas na Operação Lava Jato. Apesar do grupo de oposição dentro da própria instituição, segundo a OAB, grande parte dos advogados apoia o afastamento de Dilma do cargo.

Na segunda-feira (28), o  presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamachia, protocolou na Câmara dos Deputados pedido de impeachment  da presidente, o que colocou mais lenha na fogueira e dividiu opiniões em todo o país.

ABAIXO-ASSINADO

Profissionais e acadêmicos de Direito de Mato Grosso do Sul, professores e bacharéis encaminharam um requerimento ao presidente da seccional sul-mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil, Mansour Elias Karmouche, reivindicando ‘a firme atuação da entidade a respeito da violação do sigilo profissional entre advogado e cliente.

De acordo com a advogada Giselle Marques, uma das participantes do movimento, o objetivo é reivindicar o respeito às prerrogativas dos advogados que não estariam sendo plenamente respeitadas, principalmente com a divulgação na grande mídia das escutas telefônicas de diálogos entre advogados e seus clientes na Operação Lava Jato.